Saturday, July 17, 2010

MUITA PARRA

Com o voto de três senadores republicanos, Obama conseguiu fazer passar outra reforma importante.
Contudo, depois da reforma da saúde, também a reforma financeira ficou a meio caminho.
A política é a arte do possível e, apesar das circunstâncias que forçaram as reformas, os lobies continuam com força suficiente para dosear a mudança de modo que os seus interesses vitais não sejam atingidos. 

Obama afirmava, logo que o resultado da votação no Senado era conhecida, que nunca mais os banqueiros iriam poder jogar com o dinheiro dos depositantes. O que, obviamente, não está assegurado. Enquanto for consentido aos bancos de depósitos a possibilidade de realizarem operações de casino não há nenhuma legislação que possa bloquear a criatividade dos banqueiros para jogarem à roleta com o dinheiro dos outros. Sempre, evidentemente, protegidos pelo risco (i) moral do "too big to fail".

Quanto maior for o peso legislativo maiores são as possibilidades dos ratos abrirem nele os buracos por onde minarão o sistema.

Robert Reich colocou, ontem, no seu blog uma apreciação muito crítica da reforma financeira aprovada e que, inevitavelmente, influenciará decisivamente a legislação do sistema financeiro global.

Um dos  problemas mais complicados com que os EUA se defrontam* ( todo o sistema financeiro), segundo Ben Bernanke, na sua entrevista à Time no final do ano passado, - moral hazard -, continua, realmente, sem solução.

---
* "Too big to fail is one of the biggest problems we face in this country", Bernanke.
----


Thursday the President pronounced that “because of this [financial reform] bill the American people will never again be asked to foot the bill for Wall Street’s mistakes.”

As if to prove him wrong, Goldman Sachs simultaneously announced it had struck a deal with federal prosecutors to pay $550 million to settle federal claims it misled investor — a sum representing a mere 15 days profit for the firm based on its 2009 earnings. Goldman’s share price immediately jumped 4.3 percent, and the Street proclaimed its chair and CEO, Lloyd (“Goldman is doing God’s work”) Blankfein, a winner. Financial analysts rushed to affirm a glowing outlook for Goldman stock.

Blankfein, you may recall, was at the meeting in late 2008 when Tim Geithner and Hank Paulson decided to bail out AIG, and thereby deliver through AIG a $13 billion no-strings-attached taxpayer windfall to Goldman. In a world where money is the measure of everything, Blankfein’s power and influence have grown. Presumably, Goldman can expect more windfalls in future years.

Although the financial reform bill may have clipped some of Goldman’s wings — its lucrative derivative business may require Goldman to jettison its status as a bank holding company, and the access to the Fed discount window that comes with it — the main point is that the Goldman settlement reveals everything that’s weakest about the financial reform bill.

more

No comments: