No mesmo dia em que se soube que a Moody´s reviu em baixa, dois níveis, o rating da dívida portuguesa ( in Público), o que só poderá surpreender pelo momento escolhido, o Daily Telegraph (aqui) dá conta que os chineses acusam as agências norte-americanas de alinhamento ideológico e avançam com os seus próprios critérios e classificações.
Para a Dagong Global Credit Rating Cº. Ltd, a operar na China, Japão e Coereia do Sul, os EUA não lhes merecem mais que AA, o Reino Unido e a França, AA-, a Bélgica, a Espanha, a Itália, A-, a mesma posição atribuída á Malásia.
Entretanto a China sobe para AA+, o mesmo rating atribuido à Alemanha, Holanda e Canadá, reflectindo as suas reservas de 2.4 triliões de euros e um crescimento económico entre 8 a 10% ao ano.
A Portugal é atribuído A- (vd aqui): A Dagong Global Credit Rating, sedeada no distrito de Chaoyang, em Beijing, divulgou ontem, pela primeira vez, um relatório sobre a situação de crédito soberano em 50 países, que perfazem 90% do produto mundial. Portugal surge na 29ª posição com uma notação de A- (similar à atribuída pela Standard & Poor's) e com outlook (perspectiva) negativo.
Num ponto, pelo menos, os ratings dos chineses e norte-americanos coincidem: nós, portugueses, estamos em maus lençóis.
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* Apontamento suscitado pelo comentário colocado aqui
Num ponto, pelo menos, os ratings dos chineses e norte-americanos coincidem: nós, portugueses, estamos em maus lençóis.
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* Apontamento suscitado pelo comentário colocado aqui
2 comments:
Dividas e mais dividas...
Spain 'relying on short-term funding' as councils go bust
A third of Spain's city councils are in dire straits and may be forced to suspend payments by the end of the year, replicating the woes in the US, where many states are bearing the brunt of fiscal tightening.
By Ambrose Evans-Pritchard, International Business Editor
Published: 9:59PM BST 13 Jul 2010
http://www.telegraph.co.uk/finance/financetopics/financialcrisis/7888637/Spain-relying-on-short-term-funding-as-councils-go-bust.html
UK public sector could have £4 trillion of hidden debts
The UK’s public sector debt could be nearly £4 trillion higher than headline figures suggest, according to new research that highlights the scale of the economic challenges facing the Government.
By Jonathan Sibun, Assistant City Editor
Published: 6:00AM BST 14 Jul 2010
http://www.telegraph.co.uk/finance/economics/7888897/UK-public-sector-could-have-4-trillion-of-hidden-debts.html
Zone euro : éclaircie sur le marché de la dette
Par Arnaud Rodier
13/07/2010 | Mise à jour : 20:51
La Grèce a réussi à placer 1,625 milliard de bons du Trésor, mardi. La Chine, premier détenteur des réserves dans le monde, aurait acheté pour 400 millions d'euros d'obligations espagnoles à 10 ans.
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http://www.lefigaro.fr/conjoncture/2010/07/13/04016-20100713ARTFIG00577-zone-euro-eclaircie-sur-le-marche-de-la-dette.php
Automated Debt-Collection Lawsuits Engulf Courts
By ANDREW MARTIN
Published: July 12, 2010
http://www.nytimes.com/2010/07/13/business/13collection.html?src=me&ref=business
É por isto que, de vez em quando, tenho que fazer um intervalo na leitura dos jornais...
Mas há quem ache que se vai safar.
Será?
German Trade Deals With China Rise Sharply
By JUDY DEMPSEY
Published: July 13, 2010
BERLIN — German companies are realizing that trade with China, more so than with Russia or other countries, is becoming its economic salvation.
...
Despite the size of the market, German companies and business lobbies based in China do not hide the difficulties of doing business there.
The other issue was the retention and availability of qualified staff, with 47 percent of the companies polled saying it was a problem and 27 percent saying it was a serious problem.
Siemens has 80 companies and entities with over 40,000 employees in China, 98 percent of whom are Chinese. It says it is making big efforts to retain its staff by offering training and language programs — and also paying competitive salaries. Last year, the company had sales of 5.2 billion euros in China, an increase of 7 percent from the previous year.
http://www.nytimes.com/2010/07/14/business/global/14trade.html?ref=business
Reparou que a Siemens produz na China em 80 unidades e que 98% dos empregados são chineses.
Então e empregos para os alemães?
E produzir no país para onde exportamos, com pessoal desse país não levará a que, mais dia menos dia, o comprador comece ele a produzir por si mesmo e dispense quem lhe forneceu o know-how?
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