Passos Coelho quer explicações do Governo sobre o mau desempenho das contas públicas e vai pedir a comparência do Ministro das Finanças na AR. Passos Coelho, porque não é deputado, ainda que tenha manifestado o desejo de ser candidato, não vai poder estar presente no debate que solicita, uma situação pouco conveniente em democracia e que não inédita no PSD.
Apesar do entorse democrático, a interpelação de Passos Coelho é oportuna uma vez que as contas do 1º.semestre apresentam um resvalar de 6% do défice, sendo de presumir que os encargos por pagar (e por registar nas contas) terão crescido, o que deverá determinar um crescimento efectivo do défice superior aos anunciados 6%. Como os desencontros entre PS e PSD adiaram a introdução das portagens nas Scut para não se sabe quando, o Ministro das Finanças, quando interrogado como vai resolver a questão mostrou-se convencido que no 2º. semestre recuperará o défice para os níveis a que o Governo se comprometeu com o BCE. Como? Não disse, mas percebe-se que não sabe.
Sabe que não pode deixar de cumprir com o que prometeu mas a promessa espera cumpri-la com um milagre qualquer. Costuma ser ao contrário.
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