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Mas parece que não vai ser. O que, evidentemente, não serve os interesses do País porque debilita a capacidade da sua execução aos olhos dos observadores que, de um modo ou de outro, avaliam o risco da dívida e reclamam o juro.
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Dos candidatos à liderança do maior partido da oposição nenhum se dispõe sequer a votar o PEC argumentando que esse voto não é constitucionalmente necessário. E não é. Mas sem ele o PEC não é a mesma coisa.
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Repetidamente, tenho anotado neste caderno que Portugal não pode ser governado, nas condições em que se encontra, por um governo minoritário por mais hábil e capaz que seja quem lidera esse governo. Nenhum partido da oposição se disporá a assumir encargos sem retirar dividendos. Os interesses dos partidos sobrepõem-se aos do País por muito que todos eles digam o contrário. No caso do PEC, um compromisso que envolve muitos dissabores para toda a gente, quem vai apadrinhá-lo sujeitando-se ao ónus das suas consequências sem qualquer intervenção na sua execução?
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A gravidade da situação, mais do que um compromisso multipartidário, requer a adesão inequívoca dos principais parceiros sociais. Para tanto precisa-se de alguém que coloque o guizo ao pescoço do gato.
Alguém que parece não querer aparecer.
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