Tuesday, March 30, 2010

OS JOTAS - DOIS

Ontem defendi aqui que a tarimba política não é um inconveniente mas uma vantagem daqueles que se iniciaram cedo nas lides partidárias e nunca fizeram outra coisa na vida. E que se a qualidade daqueles que nos representam na Assembleia da República ou governam o Estado não é aquela que desejaríamos isso deve-se não à exclusividade do exercício político mas à forma como os elegemos. Por outro lado, a experiência de gestão empresarial em cargos políticos serve geralmente melhor os interesses das empresas que os do Estado.
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O Jornal da Madeira Online publica hoje um artigo reportando um outro da Sábado intitulado "As ligações perigosas de Passos Coelho". Nunca li qualquer destas publicações mas estas notícias correm nos dias de hoje à velocidade da luz, e não vou comentar o seu conteúdo. A citação serve apenas para exemplificar um entre muitos casos em que as interligações pessoais entre o Estado e as empresas deriva, frequentemente, para situações suspeitosas, infundadas umas, outras bem longe disso.
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No caso em concreto, a experiência empresarial de Passos Coelho parece, pelo menos aparentemente, poder vir a ser mais criticada que apreciada.
A este propósito refira-se ainda que o Presidente do Observatório da Justiça, segundo notícia de hoje do Jornal de Negócios Online, propõe-se apresentar proposta de lei que determine um período de nojo de dois anos entre a saída de um cargo político e a entrada em funções empresariais. Mas não prevê, não se percebe bem porquê, a situação inversa.
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Que fará o político naquela fase metamorfósica de transição? Um curso de reconversão profissional?

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