“Sei que Portugal é uma democracia plena, com inúmeros instrumentos de controlo do poder político. É neles que confio, até que me provem, e não que me vendam, que não posso confiar.” (aqui)
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Aquilo para onde aponta não existe em nenhuma democracia plena: a de não poderem os jornais noticiarem o que conhecem (ou dizem conhecer) antes do julgamento dos tribunais.
Também eu quero acreditar no funcionamento das instituições. Neste caso, se o Público levantou falsos testemunhos ou exorbitou daquilo que lhe consente a lei, deve ser punido exemplarmente pelos tribunais.
Também eu quero acreditar no funcionamento das instituições. Neste caso, se o Público levantou falsos testemunhos ou exorbitou daquilo que lhe consente a lei, deve ser punido exemplarmente pelos tribunais.
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Se acredita nos tribunais não pode deixar, logicamente, de aceitar (e esperar) que esta questão só pode ser derimida em sede própria. Dito isto não digo que concordo como a forma como vários media se comportam. Mas o que lamento é a ineficácia da justiça no julgamento oportuno destes e de outros casos. É aqui que está o imbróglio dos rombos que a nossa democracia tem sofrido.
Se acredita nos tribunais não pode deixar, logicamente, de aceitar (e esperar) que esta questão só pode ser derimida em sede própria. Dito isto não digo que concordo como a forma como vários media se comportam. Mas o que lamento é a ineficácia da justiça no julgamento oportuno destes e de outros casos. É aqui que está o imbróglio dos rombos que a nossa democracia tem sofrido.
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Refere o Tribunal de Contas. Conhece alguma situação que tenha determinado a penalização dos prevaricadores adequada com os prejuízos que causaram ao Estado?
Refere o Tribunal de Contas. Conhece alguma situação que tenha determinado a penalização dos prevaricadores adequada com os prejuízos que causaram ao Estado?
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E volto à questão primordial:
Por que razão os lugares não são disputados em concurso?
Por que razão milhares de lugares são providos por nomeação política?
Por que razão a administração pública é dominada por assessores e consultores subalternizando os funcionários públicos a todos os níveis?
Por que razão os partidários se sobrepõem aos que só têm credenciais de competência?
Por que razão a inscrição num partido é essencial à nomeação para os cargos de direcção e administração do Estado?
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É aí que está o vírus que mina o Estado. Muita gente nomeada por compadrio político não tem competência nem decência.
O PM (este ou qualquer outro) não deve, obviamente, ser demitido por isso. Mas não podemos dizer que não tem culpas no cartório, a maior das quais não pode ser julgada pelos tribunais: a de conviver e utilizar uma prática, que vinda de longe, corrói a democracia.
É aí que está o vírus que mina o Estado. Muita gente nomeada por compadrio político não tem competência nem decência.
O PM (este ou qualquer outro) não deve, obviamente, ser demitido por isso. Mas não podemos dizer que não tem culpas no cartório, a maior das quais não pode ser julgada pelos tribunais: a de conviver e utilizar uma prática, que vinda de longe, corrói a democracia.
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