Thursday, December 10, 2009

XEQUE AO REI - 5

Ouço na rádio, esta manhã, que o presidente grego convocou os partidos políticos com assento parlamentar para uma reunião de emergência com o objectivo de definir políticas que permitam à Grécia sair da situação de quase insolvência em que se encontra. Para já, lê-se no Público online, o Presidente do Eurogrupo exclui hipótese de bancarrota na Grécia, que a colocaria sob a ameaça de ter de recorrer a ajuda externa . As finanças públicas gregas, sob suspeita, agravam juros da dívida do Estado . Ainda, segundo a mesma fonte, a Irlanda vai cortar salários a funcionários do Estado porque tem de cortar na despesa pública para sobreviver. O Banco central irlandês revê previsões em baixa.
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O que é que nós temos com isto? Directamente, nada, a não ser a quase similitude situações financeiras e uma não menos complicada situação económica. Indirectamente, o abalo grego (e o irlandês) transmitirá ao sistema em geral, e ao SME em particular, ondas de choque com consequências negativas que, por agora, ninguém sabe avaliar.
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Cavaco Silva, se não se antecipar à inevitabilidade do desenrolar dos acontecimentos desde já previsíveis, será obrigado a reagir demasiado tarde. E, então, ver-nos-emos pior que gregos.
Eleições antecipadas, mesmo que conduzissem a uma maioria absoluta, não resolveriam os problemas bicudos com que Portugal se confronta, ainda que uma grande parte dos portugueses não tenha dado por eles. E muito sobretudo por isso mesmo.
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