Monday, December 07, 2009

XEQUE AO REI - 3

A Standard & Poor considera difícil a redução défice das contas públicas portuguesas sem maioria parlamentar (in Negócios online, hoje). A este propósito o PSD diz que combate ao défice ainda não é prioridade. Pode não ser mas, entretanto, os ratings da dívida pública portuguesa vão-se deteriorando, a S&P baixou-nos na sua bitola de "estável" para "negativa", os spreads em crescendo dos empréstimos externos agravarão ainda mais o défice. O défice é assim: quanto mais cresce mais vontade tem de crescer, ainda que PSD & Cª o considerem, para já, um assunto secundário.
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Mas não é só o défice que não se domina com um governo minoritário. A curta vivência deste Governo e destas Oposições já demonstrou, sem margem para esperanças, que a guerrilha demagógica não vai permitir a adopção das reformas que a situação do país exige, e as que foram adoptadas pelo Governo anterior correm o risco de ser, na sua maior parte, anuladas parcial ou totalmente.
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Nestas circunstâncias, só o PR poderia contrariar esta corrente que nos transporta colectivamente para o desastre de um empobrecimento sem fim à vista. Tendo em consideração a situação muito difícil em que o país já se encontrava durante o último acto eleitoral, o PR deveria ter sido muito incisivo no sentido de promover a constituição de um governo maioritário ou a denúncia pública dos impedimentos que realmente impediriam esse objectivo indispensável à governabilidade do país em condições particularmente graves.
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Não o fez então, não deveria esperar mais para o promover agora. De esquerda ou direita, é preferível um governo maioritário a esta situação de guerrilha ridícula com que se entretêm os partidos políticos, distraindo-se com guerras de alecrim que não lhes deixam tempo para a discussão dos meios que devem ser adoptados par carrilar este combóio descarrrilado em que embarcámos.
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Não sei se o PR actua em função da sua recandidatura a Belém ao apagar-se quando por todos os lados há focos de desorientação que a demagogia à solta leva ao rubro. Quero acreditar que não.
De qualquer modo, com esta táctica ou por falta de outra, este PR corre o risco de nem ser aplaudido nem vaiado. Apaga-se e some-se na pequena história.
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