Wednesday, December 30, 2009

TABU MILITAR

As despesas, os contratos, as contrapartidas, os negócios militares têm sido considerados assunto tabu. De vez em quando afloram alguns indícios de incómodo mas depois tudo se cala. Como os submarinos.
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E, no entanto, a fatia do OE comida pela defesa é enorme considerando os nossos carcomidos recursos. Agora que se aproxima a discussão do OE continuarão todos calados, desde o BE ao CDS? Por quê? Uma pergunta que, muito provavelmente, continuará sem resposta.
Até quando?

2 comments:

António said...

Boa tarde.
É preciso ter azar.
Então uns tipos são chamados a constituir uma comissão para gerir as contrapartidas que eles pensavam que eram comissões em negócios tão bons (pelo volume de cacau)como o dos submarinos e dos helis e afinal sai outra coisa?
Ao princípio tudo bem pelas mordomias, cartões, viagens, vencimentos e habituais alcavalas que levam o rendimento para o dobro ou triplo, o que normalmente justifica as derrapagens nas obras publicas para esses valores duplos e triplos, mas depois descobre-se que afinal aquilo não envolve directamente graveto no toma-lá-dá-cá.
A coisa é uma complexidade de arranjos negociais em que afinal não é só empochar as comissões, mas trabalhar por forma a obtê-las.E como contornar dificuldades de lidar com tipos incorruptíveis, tipo Henrique Neto? Ou alemães? Esses nazis do caneco?
Arranja-se uns negócios de moldes e assim, para o homem e ele não dá nada? O das baterias idem?
Tenta-se mais um ou dois, não se consegue comissão nenhuma e pronto, fica-se por ali, à espera que o tempo vá passando, sem nada fazer e aguardando que as coisas apodreçam.
Que raio de ideia foi essa de porem tipos a negociar vantagens sem ser em graveto? Onde já se viu isto de negociar contrapartidas em que outros, que nada têm a ver com tachos é que sairão beneficiados, fazendo negócio e enriquecendo o país?
Nãaa... da próxima vejam lá quem lá metem. Assim não pode ser!
É que nem robalos deu...

rui fonseca said...

"É que nem robalos deu..."

Caro António,

Hoje, o nosso amigo, está imbatível.