Sunday, December 13, 2009

INDECEDÊNCIAS

O PM garantiu hoje a centenas de militantes socialistas que não está disponível para cedências que destruam o que foi feito. Sabe-se não foi nem vai ser assim: mesmo quando governou com suporte de maioria absoluta recuou quando resmungaram alto as corporações ao serem atingidos alguns dos seus interesses e as oposições lhes deram o seu apoio, claro ou implícito.
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Durante o actual, ainda curtíssimo, mandato já recuou na avaliação dos professores, nos chips nas matrículas, e continuará a ceder sempre que o apoio popular pender para as propostas, mesmo as mais demagógicas, das oposições.
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Vingou o segundo orçamento rectificativo (que o Ministro das Finanças alcunhou de "distributivo" mas que deveria ter reconhecido ser "impositivo") porque não era um orçamento mas uma factura a pagamento. O OE para 2010, depois de uma guerra verbal na AR que já teve momentos lamentáveis, será aprovado com a abstenção do PSD que estará, nessa altura, mais preocupado com o próprio umbigo. Seguir-se-á a luta de guerrilha que os recentes comportamentos prenunciam.
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Animado pelas sondagens* que deverão continuar a acenar-lhe com maioria, o PM vai jogar na hipótese de eleições antecipadas durante o curto período em que elas são possíveis. Qualquer que seja o resultado e o vencedor a situação económica, social e moral do país, que continuará a degradar-se até lá, não experimentará melhoras se não for consituida uma coligação que enfrente sem demagogias os desafios que o estado da Nação impõem.
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E a questão que se coloca só pode ser esta: Para quê voltar à estaca zero? Por quê esperar que nos obriguem outros, amanhã, a fazer o que sabemos, já, que não podemos deixar de fazer?
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vd. últimas aqui
Apesar da resiliência até agora demonstrada pelo PM em ambiente desfavorável, a degradação da situação económica e financeira, e sobretudo o crescimento de desemprego, dificilmente permitirá uma sustentação do PS nos níveis que as últimas sondagens lhe atribuem.

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