Fernando Alexandre
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Porque na origem da crise financeira internacional está o sobreendividamento, e porque este se agravou ainda mais com os planos governamentais de combate à crise, é cada vez mais mais certo que a recuperação será muito lenta. Os défices orçamentais foram necessários para evitar o colapso das economias – como Keynes explicou nos anos 1930. Mas os défices orçamentais, se podem evitar o colapso no curto prazo, não garantem (antes pelo contrário) que a economia retome as anteriores trajectórias de crescimento – como se viu nos anos 1970. É precisamente isto que as notícias das últimas semanas têm mostrado. Os países mais penalizados pelos mercados e pelas agências de rating são precisamente aqueles em que há mais dúvidas relativamente à recuperação de uma trajectória de crescimento positiva. Talvez isso ajude a explicar por que é que a Irlanda é menos penalizada pelos mercados que outros países com défices semelhantes. E talvez Portugal devesse ficar (ainda mais) preocupado.
Porque na origem da crise financeira internacional está o sobreendividamento, e porque este se agravou ainda mais com os planos governamentais de combate à crise, é cada vez mais mais certo que a recuperação será muito lenta. Os défices orçamentais foram necessários para evitar o colapso das economias – como Keynes explicou nos anos 1930. Mas os défices orçamentais, se podem evitar o colapso no curto prazo, não garantem (antes pelo contrário) que a economia retome as anteriores trajectórias de crescimento – como se viu nos anos 1970. É precisamente isto que as notícias das últimas semanas têm mostrado. Os países mais penalizados pelos mercados e pelas agências de rating são precisamente aqueles em que há mais dúvidas relativamente à recuperação de uma trajectória de crescimento positiva. Talvez isso ajude a explicar por que é que a Irlanda é menos penalizada pelos mercados que outros países com défices semelhantes. E talvez Portugal devesse ficar (ainda mais) preocupado.
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