As despesas, os contratos, as contrapartidas, os negócios militares têm sido considerados assunto tabu. De vez em quando afloram alguns indícios de incómodo mas depois tudo se cala. Como os submarinos.
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E, no entanto, a fatia do OE comida pela defesa é enorme considerando os nossos carcomidos recursos. Agora que se aproxima a discussão do OE continuarão todos calados, desde o BE ao CDS? Por quê? Uma pergunta que, muito provavelmente, continuará sem resposta.
Até quando?
2 comments:
Boa tarde.
É preciso ter azar.
Então uns tipos são chamados a constituir uma comissão para gerir as contrapartidas que eles pensavam que eram comissões em negócios tão bons (pelo volume de cacau)como o dos submarinos e dos helis e afinal sai outra coisa?
Ao princípio tudo bem pelas mordomias, cartões, viagens, vencimentos e habituais alcavalas que levam o rendimento para o dobro ou triplo, o que normalmente justifica as derrapagens nas obras publicas para esses valores duplos e triplos, mas depois descobre-se que afinal aquilo não envolve directamente graveto no toma-lá-dá-cá.
A coisa é uma complexidade de arranjos negociais em que afinal não é só empochar as comissões, mas trabalhar por forma a obtê-las.E como contornar dificuldades de lidar com tipos incorruptíveis, tipo Henrique Neto? Ou alemães? Esses nazis do caneco?
Arranja-se uns negócios de moldes e assim, para o homem e ele não dá nada? O das baterias idem?
Tenta-se mais um ou dois, não se consegue comissão nenhuma e pronto, fica-se por ali, à espera que o tempo vá passando, sem nada fazer e aguardando que as coisas apodreçam.
Que raio de ideia foi essa de porem tipos a negociar vantagens sem ser em graveto? Onde já se viu isto de negociar contrapartidas em que outros, que nada têm a ver com tachos é que sairão beneficiados, fazendo negócio e enriquecendo o país?
Nãaa... da próxima vejam lá quem lá metem. Assim não pode ser!
É que nem robalos deu...
"É que nem robalos deu..."
Caro António,
Hoje, o nosso amigo, está imbatível.
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