Há uma farmácia sempre de serviço, 24 horas por dia, todos os dias do ano, na Área Metropolitana de Lisboa?
Há.
Pelo menos uma, há. Não sei se haverá outras.
O que me impressionou nesta farmácia foi a existência de um robô. não visível para quem entra, instalado nas trazeiras do balcão.
Apresentada a receita, a/o ajudante de farmácia usa um scanner que transmite as idicações codificadas na prescrição e, instantaneamente, deslizam para uma gaveta os medicamentos prescritos.
- É eficiente este sistema.
- Há ali atrás um computador. Mais rápido, seria impossível.
- Também me parece: não têm de andar a procurar nas gavetas ...
- Pois não. Um dia destes somos nós dispensados.
- Hum! Alguém terá de atender os clientes.
- Não estou tão certo disso. Nos EUA, em Inglaterra, e não sei mais onde, há sistemas já operativos onde os médicos prescrevem e os medicamentos são entregues em casa dos clientes. No supermercado Auchan já dispensaram os empregados das limpezas substituindo-os por robôs.
- E isso não vos preocupa?
- Talvez. Mas é melhor não pensar nisso. Ganharia alguma coisa em me preocupar? Procurar outro emprego? Mas onde?
Há sete anos, coloquei neste caderno de apontamentos - ADMIRÁVEL MUNDO VELHO - que reflecte a minha interpretação já antiga da evolução dos factores que conduzirão à redundância de muitos empregos com implicações incalculáveis na vida nas sociedades futuras.
Se, entretanto, a espécie humana não se auto destruir.
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