Friday, July 29, 2022

O ESTADO É DE BARRO

- "A lei permite que os litígios do Estado em que se discutem dinheiros públicos sejam decididos em tribunais privados, por juízes-árbitros nomeados livremente pelas partes, sem que exista algum mecanismo público que fiscalize a sua imparcialidade e os conflitos de interesses. - mais aqui

- Bom…mas, sendo juiz, o autor defende a classe. Corporativamente. 

- Uma visão distorcida ... e corporativa!







- Recordo-me, a este propósito, de  uma fábula de La Fontaine: a panela de barro e a panela de ferro.
 
Convidou a panela de ferro a panela de barro para um passeio. A panela de barro, receou: tu és de ferro, eu sou de barro ...
Não receies; somos amigas, não somos?
A panela de barro, confiante, aceitou.
Lá foram, conversando, conversando, .... até que ao dobrar de uma esquina, a panela de ferro (eram de três pernas, das antigas) desequilibrou-se, tombou para cima da panela de barro ... e era uma vez uma panela de barro.
Quem fez uma quarta classe feita não pode dizer que não conhecia esta fábula ...

- As regras do jogo tem de ser aceites por ambas as partes . Que são livres de aceitar ou não a formação de um tribunal arbitral. Os juízes na sua posição corporativa nunca gostaram de perder o poder monopolista, mas a via arbitral deve ser desenvolvida como acontece em todas democracias maduras.. e os agentes do Estado abusam muitas vezes do seu poder contra os cidadãos, investidores e empresas…
( ) face à morosidade paralisante dos tribunais administrativos e fiscais, ( ), a outra parte deveria ter a opção de recorrer a arbitragem ao fim de um certo tempo de morosidade..

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