O senhor Presidente da República não desistiu da sua vocação política primordial: comentar tudo e a toda a hora. Quando era comentador-mor tinha o seu espaço semanal, que o alcandorou à presidência da República sem ter de suportar gastos de publicidade, a dose era tolerável e, reconheça-se, muito maioritariamente aplaudida. Comentava tudo e mais alguma coisa, dizia-se que "Marcelo sabe de tudo mas não sabe mais nada".
Pelos vistos se não sabe, pensa que sabe mais acerca do Covid-19 que os peritos ou especialistas encartados no assunto. Não se cala e, obviamente, acontece-lhe o que acontece a quem não tem travão na língua, de vez em quando derrapa e despista-se.
Marcelo quer ganhar as presidenciais com maioria esmagadora.Mas o que é demais, enjoa.
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"..... Relativamente aos testes de despistagem, os especialistas afastaram a
ideia – defendida pelo primeiro-ministro - de que o seu aumento seja o
responsável exclusivo pelo registo de um número de casos mais elevado na
Grande Lisboa, tendo referido que é preciso olhar também para o número
de hospitalizações e de internamentos em cuidados intensivos.
As dúvidas sobre o que está a acontecer
na região foram assumidas pelo próprio Presidente da República, no
final da reunião. “Depois de ter tido uma subida inicial, Lisboa
não teve a descida do Norte e do Centro. Porquê a subida? É porque há
dados novos ou conhecimento novo de dados antigos?”, questionou,
remetendo respostas para os resultados dos inquéritos epidemiológicos
que estão a ser feitos no terreno.
De qualquer forma, Marcelo
Rebelo de Sousa tentou contrariar a ideia de que a situação na Grande
Lisboa esteja “descontrolada”, que tinha sido assumida de manhã, na
Rádio Renascença, pelo director de infecciologia do Hospital Curry
Cabral, Fernando Maltez. A mesma ideia de que não há descontrolo foi
sublinhada pelo secretário-geral do PS José Luís Carneiro.
Já à
direita, a leitura dos dados apresentados foi noutro sentido. No final
da reunião, o vice-presidente da bancada do PSD Ricardo Baptista Leite
preferiu vincar que se tinha falado de “segunda onda na Grande Lisboa”,
tal como o líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos. Tanto André
Ventura, do Chega, como Carla Castro, da Iniciativa Liberal, assumiram
terem ficado com dúvidas sobre as causas da situação em Lisboa. Carla
Castro considerou mesmo que a reunião foi “frustrante”. O Presidente da
República e outros representantes políticos - como a deputada Mariana
Silva, do PEV - recusaram a ideia de que se possa responsabilizar apenas os jovens pela subida do número de casos na Grande Lisboa. ... "
c/p - aqui
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