Em Portugal registaram-se ontem mais 300 casos de infecção em todo o país, um valor que prolonga o patamar para onde saltou o planalto nas últimas duas semanas. Dos novos casos observados mais de 90% foram observados na Região de Lisboa e Vale do Tejo, com o concelho de Sintra no topo da lista sinistra.
O Presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública observava ontem que foram prematuras algumas medidas de desconfinamento, relativamente às recomendações feitas.
Observe-se, o que, ao mesmo tempo, acontece em Pequim.
Pequim manda fechar todas as escolas para conter novo surto de covid-19
As autoridades chinesas pediram a todas as escolas, de todas as classes, para fecharem as portas e retomarem as aulas online.
16 de junho de 2020 às 16:14
As
autoridades chinesas reforçaram as medidas para combater um segundo
surto da pandemia da covid-19 na capital do país, tendo ordenado o fecho
de todas as escolas em Pequim.
A subida do nível de
alerta surge depois da situação epidémica em Pequim ter sido
classificada de "extremamente grave" por um porta-voz da capital
chinesa, depois de terem sido detetados mais de cem casos de infeção,
quando parecia que o país já tinha conseguido conter o vírus.
Segundo
a Bloomberg, as autoridades chinesas pediram a todas as escolas, de
todas as classes, para fecharem as portas e retomarem as aulas online.
Pequim
está numa "corrida contra o tempo", disse o porta-voz, Xu Hejian, em
conferência de imprensa esta manhã, antes de ser tomada esta decisão de
fechar as escolas. A capital "terá de estar sempre um passo à frente da
epidemia e tomar as medidas mais rigorosas, decisivas e determinadas",
afirmou.
Pequim diagnosticou mais de cem casos desde
sexta-feira passada, após um surto ter sido detetado no principal
mercado abastecedor da capital.
A cidade, de 21 milhões de habitantes, aumentou, entretanto, a sua capacidade de triagem diária para mais de 90.000 pessoas.
Este
surto epidémico suscita temores de uma "segunda vaga" de infeções,
admitiu a Organização Mundial da Saúde (OMS), na segunda-feira,
acrescentando que acompanha "muito de perto" a situação em Pequim.
A
OMS, que foi acusada de alinhamento com as autoridades chinesas no
início do surto, em dezembro passado, disse estar a considerar enviar
especialistas para Pequim nos próximos dias.
Muitos dos
novos casos estão vinculados ao mercado abastecedor de Xinfadi, em
Pequim, e as autoridades estão a testar trabalhadores e clientes que
estiveram no mercado, nas últimas duas semanas, ou quem entrou em
contacto com estes dois grupos.
Carnes frescas e
marisco na cidade e em outros lugares da China também estão a ser
inspecionados numa tentativa de entender como é que o vírus se espalhou.
Mais
de 100.000 funcionários estão encarregados de supervisionar 7.120
comunidades próximas do mercado de Xifandi. Mais de vinte bairros foram
colocados sob quarentena, para impedir a disseminação do patógeno entre
os 20 milhões de habitantes de Pequim.
As autoridades
chinesas repuseram hoje algumas restrições nas viagens de e para Pequim,
de forma a evitar que o novo surto de covid-19 se alastre pelo país.
As
autoridades também estão a impedir que moradores de áreas consideradas
de alto risco saiam de Pequim e os que já saíram devem reportar às
agências de saúde locais o mais rapidamente possível.
Táxis
e outros serviços de transporte foram proibidos de levar as pessoas
para fora da cidade, o número de passageiros em autocarros, comboios e
no metro será também limitado e todos os passageiros devem usar máscara.
c/p aqui
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