Há dezenas de anos que os sucessivos governos têm prometido acções de desenvolvimento do interior do país, cada vez mais desertificado.
Houve protestos contra a redução das escolas, dos correios, dos tribunais, e outras actividades, insustentáveis com a emigração do interior para o litoral, para o estrangeiro, para onde o desenvolvimento económico requeria emprego.
Entretanto assistia-se à entrada de imigrantes para desempenharem actividades que - argumento geralmente usado - os portugueses não aceitavam, ou porque não eram compatíveis com as suas competências ou não eram remunerados em conformidade com elas.
Dos projectos promotores com intenções de desenvolvimento no interior do país - o desenvolvimento anémico do país a nível global é outro tema - resultou pouco, o interior continuou a esvair-se de gente, a desertificação cresceu. As autoestradas de ligação ao interior, as SCUT, que se pretendiam gratuitas e muito virtuosas, segundo o pai da ideia, o sr. João Cravinho, promoveram sobretudo a facilidade de visitar o interior e voltar mais rápido para casa.
Mas há uma oportunidade para fazer crescer o interior proporcionada por esta experiência alargada de tele-trabalho forçado pela pandemia. Se o sr. Costa e Silva, convidado pelo primeiro-ministro para "coordenar e negociar o Programa de Recuperação Económica e Social", acreditar, como eu acredito há três dezenas de anos, no fundamental da mensagem transmitida no vídeo que coloco a seguir, talvez possa eleger uma acção de colocação de funcionários públicos (incentivada ou para novos recrutamentos) em regime de tele-trabalho no interior do país. Atrás dos tele-trabalhadores, por consequência natural, seguir-se-iam os não tele-trabalhadores necessários aos primeiros: professores, médicos, entre outros.
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