Quando, em vários apontamentos colocados neste bloco de notas, questionei a, para mim inexplicável, ausência dos militares portugueses no combate aos fogos florestais, estava longe de ter conhecimento da presença em Portugal, há dois meses, de militares espanhóis.
É, portanto, para mim surpreendente só
agora saber-se, através do Público online - aqui -, que há
"Centenas
de militares e veículos espanhóis no combate aos fogos em Portugal
Membros de unidade das Forças Armadas
operam há dois meses no nosso país. Meios aéreos do país vizinho já fizeram 525
horas de voo e 1814 descargas de água. Neste momento existem 20 aeronaves
espanholas em Portugal."
Eu não sabia da presença de militares
espanhóis no combate aos fogos florestais em Portugal mas, pelo que facilmente
se deduz das notícias saídas há dias - vd. aqui, cit. aqui, os militares
portugueses também não sabiam, foram surpreendidos com a presença de militares espanhóis em
Pedrógão Grande e o ministro da Defesa não esclareceu a situação.
Que haja militares espanhóis a fazer em
Portugal aquilo que os militares portugueses deveriam fazer não tem outro nome
mais brando: É uma vergonha!
Que os militares portugueses não soubessem
dessa presença e o ministro da Defesa não tenha prestado esclarecimentos aos
meios de comunicação social (pelos vistos também eles desastradamente
distraídos) é inconcebível.
Que os deputados da Comissão Parlamentar de Defesa tenham manifestado ao Expresso estranheza "pela presença de veículos militares espanhóis em Pedrógão Grande, em Junho, e levantaram dúvidas sobre a sua legitimidade, tendo dito ainda que foi evidente a surpresa e desagrado de elementos militares portugueses ao depararem-se com a presença espanhola" só pode ser enredo de tragicomédia.
Que os deputados da Comissão Parlamentar de Defesa tenham manifestado ao Expresso estranheza "pela presença de veículos militares espanhóis em Pedrógão Grande, em Junho, e levantaram dúvidas sobre a sua legitimidade, tendo dito ainda que foi evidente a surpresa e desagrado de elementos militares portugueses ao depararem-se com a presença espanhola" só pode ser enredo de tragicomédia.
No mínimo, se os comandos militares são,
ao que parece, inamovíveis, pelo menos o ministro da Defesa deveria demitir-se.
Por que não?
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