O senhor Carlos Costa tem muita gente que defende a sua incapacidade para ter detetado a tempo e horas a mascambilha que o senhor Ricardo Salgado e sua trupe engendraram à volta do banco que levava o nome do seu bisavô, usando mais ou menos argumentos com que outros, ou os mesmos, absolveram quatro anos antes a confessada distracção do senhor Vítor Constâncio, e promoveram-no a vice-presidente do BCE, responsável pela supervisão!
Um destes preclaros benevolentes defensores dos reguladores atira-se no Público de hoje - O precog lusitano - aqueles que, naturalmente menos informados mas mais tramados pelas consequências dos crimes praticados, ousam perguntar:
“Onde estava o regulador?”.
Vê cair o BPN e questiona: “Onde estava o
regulador?”
Vê cair o BPP e inquere: “Onde estava o regulador?”
Vê cair a
Dona Branca e interroga: “Onde estava o regulador?”
Vê cair o Lehman
Brothers e demanda: “Onde estava o regulador?”
Vê cair o Northern Rock e
indaga: “Onde estava o regulador?”
Vê cair Bernard Madoff e interpela:
“Onde estava o regulador?”
Vê cair Alves dos Reis e perquire: “Onde
estava o regulador?”
Perguntas pertinentes que o articulista considera bisonhas, despropositadas, porque, argumenta ele, os reguladores não são capazes de identificar e punir os culpados antes dos crimes serem cometidos. Pois não. Os reguladores não são paranormais capazes de tal proeza. Mas pede-se que façam o trabalho para que são excepcionalmente pagos, não por antecipação mas no momento próprio. Se depois dos casos "Alves dos Reis", "Dona Branca", "Madoff", " Northern Rock", "Lehman Brothers", "BPN", "BPP", para usar a lista do plumitivo, os contribuintes continuam sujeitos aos pesados pagamentos dos descaminhos em proveito próprio dos banqueiros e coniventes, o governador deve explicar muito bem porquê. Parece que vai começar a fazê-lo hoje, e é de supor que dispensa testemunhas abonatórias certamente ignorantes da matéria.
Ao português comum, pagante, assiste o direito de perguntar porquê. Ou paga e não bufa, por recomendação do senhor jornalista?
Ao português comum, pagante, assiste o direito de perguntar porquê. Ou paga e não bufa, por recomendação do senhor jornalista?
No comments:
Post a Comment