O PR defendeu ontem a desvalorização do euro em relação ao dólar. Passos Coelho concorda, o PCP e o BE aplaudem. Uma quase unanimidade. Por agora, e enquanto não elege nova liderança, o PS não se pronuncia. Mas é uma quase unanimidade que não fará, só por si, bulir uma palha. O euro continua firme frente ao dólar e só as enormes perturbações que têm vindo a afectar a sua zona impedem que ganhe muito mais destacada posição nas reservas mundiais de divisas e se imponha como moeda de transacção corrente em mercados onde o dólar ainda é rei e senhor.
O dólar é uma moeda enfraquecida pelos caudais de liquidez injectados para reanimar a economia mas que comprometem a solvabilidade dos EUA e só não arrastam os juros para níveis asfixiantes enquanto a confiança dos investidores não for subitamente abalada por um qualquer acidente de percurso, uma hipótese que o actual braço de ferro entre Obama e os Republicanos mostra que não é liminarmente descartável.
Assim sendo, a desvalorização do euro relativamente ao dólar só poderá ocorrer se as ameaças sobre a moeda única no seio da sua zona forem de uma dimensão mais dramática que aquelas que impedem sobre a moeda norte-americana.
Se outra razão não existir, e outra razão é dificilmente descortinável, a desvalorização do euro seria consequência de um abalo de tal magnitude na União Europeia que, acredito, o PR não desejaria.
Assim sendo, a desvalorização do euro relativamente ao dólar só poderá ocorrer se as ameaças sobre a moeda única no seio da sua zona forem de uma dimensão mais dramática que aquelas que impedem sobre a moeda norte-americana.
Se outra razão não existir, e outra razão é dificilmente descortinável, a desvalorização do euro seria consequência de um abalo de tal magnitude na União Europeia que, acredito, o PR não desejaria.
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