Quando a ganância nos negócios não olha a meios para atingir os fins sem fim, o desastre para acontecer é uma questão de tempo. Nestes acidentes, contudo, as vítimas estão sobretudo entre aqueles que são protagonistas involuntários ou aliciados por meios ínvios. A história económica é um repositório sem fundo de casos destes. A vaga subprime, o subsequente empacotamento dos créditos irresponsavelmente concedidos, e a venda a retalho destes produtos que depois se consideraram tóxicos, abalou o mundo mas praticamente não incomodou os maiores culpados: os banqueiros.
Em Portugal, a dívida, pública e privada, em que se afogou o estado, empresas, e famílias, foi em grande medida determinada pela mesma ganância irresponsável dos banqueiros. Ganância que em alguns casos ultrapassou os limites da moral e da licitude para se colocar no campo da criminalidade. Esses casos são conhecidos mas continuam juridicamente desconhecidos os criminosos e as penas a que já deviam ter sido submetidos. O BCP chegou a ser case study, hoje a sua capitalização em bolsa esboroa-se imparavelmente em cada sessão que passa. Culpa da crise? Evidentemente, por culpa da crise provocada por banqueiros que depois de criarem uma instituição modelo, cederam à tentação da ganância e resvalaram para o lados da imoralidade e da ilicitude. O BPN e o BPP, provavelmente, são casos congenitamente ilícitos mas a lentidão da justiça, provavelmente, acabará por ilibar as quadrilhas por ocorrência de prescrição de prazos.
Os banqueiros, contudo, não são casos únicos de ganância incontidos por sentimentos morais.
Agora mesmo, quando a crise ronca ameaçadora à nossa volta, há quem persista em querer continuar a promover o endividamento das famílias portuguesas de uma forma que qualquer cidadão consciente da enormidade da crise não pode deixar de sentir-se revoltado.
Zeinal Bava pode ser considerado pelos seus pares um CEO de excelência, até o melhor entre eles, mas é vergonhosa a promoção massiva que continua a fazer do MEO. Os concorrentes fazem coro e contibuem para o cerco. A PT, a Vodafone, a Optimus, continuam a promover o telemóvel com agressividade inconcebível num mercado saturado e extremamente endividado.
Subjacente a toda esta prática de ganância sem limites morais está a impunidade dos seus agentes: Os banqueiros não são chamados a pagar as custas dos seus processos, os operadores de telecomunicações entregam milhares de processos de cobrança contenciosa que empanturram os tribunais. Enquanto estes abusos de assimetria informativa ou de utilização dos tribunais persistirem sem penalizações adequadas, a bagunça continuará.
Em Portugal, a dívida, pública e privada, em que se afogou o estado, empresas, e famílias, foi em grande medida determinada pela mesma ganância irresponsável dos banqueiros. Ganância que em alguns casos ultrapassou os limites da moral e da licitude para se colocar no campo da criminalidade. Esses casos são conhecidos mas continuam juridicamente desconhecidos os criminosos e as penas a que já deviam ter sido submetidos. O BCP chegou a ser case study, hoje a sua capitalização em bolsa esboroa-se imparavelmente em cada sessão que passa. Culpa da crise? Evidentemente, por culpa da crise provocada por banqueiros que depois de criarem uma instituição modelo, cederam à tentação da ganância e resvalaram para o lados da imoralidade e da ilicitude. O BPN e o BPP, provavelmente, são casos congenitamente ilícitos mas a lentidão da justiça, provavelmente, acabará por ilibar as quadrilhas por ocorrência de prescrição de prazos.
Os banqueiros, contudo, não são casos únicos de ganância incontidos por sentimentos morais.
Agora mesmo, quando a crise ronca ameaçadora à nossa volta, há quem persista em querer continuar a promover o endividamento das famílias portuguesas de uma forma que qualquer cidadão consciente da enormidade da crise não pode deixar de sentir-se revoltado.
Zeinal Bava pode ser considerado pelos seus pares um CEO de excelência, até o melhor entre eles, mas é vergonhosa a promoção massiva que continua a fazer do MEO. Os concorrentes fazem coro e contibuem para o cerco. A PT, a Vodafone, a Optimus, continuam a promover o telemóvel com agressividade inconcebível num mercado saturado e extremamente endividado.
Subjacente a toda esta prática de ganância sem limites morais está a impunidade dos seus agentes: Os banqueiros não são chamados a pagar as custas dos seus processos, os operadores de telecomunicações entregam milhares de processos de cobrança contenciosa que empanturram os tribunais. Enquanto estes abusos de assimetria informativa ou de utilização dos tribunais persistirem sem penalizações adequadas, a bagunça continuará.
No comments:
Post a Comment