Genebra, 7 de Outubro de 1994
Excelentíssimo Senhor Gerente do Banco …., Agência de … - Sou com os meus respeitosos cumprimentos, Carlos A., e mais uma vez a escrever-vos de Genebra, Suíça.
Como Vossa Excelência sabe a crise é mundial – e o tempo das bacas gordas – isso agora é só para drogados e traficantes de droga - dos países das superpotências mundiais, e dos países imperialistas, a mim nunca me enganaram, dizem-se muito amigos dos pobres só para os destruírem. E aí começa a crise. Cá está a esquerda a descarregar – os resíduos nucleares e a Etiópia, Moçambique, Somália – esquerda e também a direita. Já há pouco países sem centrais nucleares e armas nucleares.
Pois esses países estão a ficar sem governo nacional …
Estão a ver: os senhores do Banco …e os dos países da CEE enganaram Portugal ao dizerem que emprestavam dinheiro a fundo perdido. Todos nos enganaram. As superpotências, é igual, todos nos enganam. Bacas gordas, agora só para as superpotências, tráficos de droga, cocaína, e outras coisas que já enganaram centenas de portuguesas e portugueses .
Mas isso é lá com eles, Senhor gerente do Banco …, Agência de …. , como Vossa Excelência sabe bem eu continuo na Suíça, preciso todos os meses de enviar dinheiro para a vossa agência. Preciso de fazer uso de cheques, muito embora a crise seja mundial e eu tenha de mandar muito menos dinheiro que mandava
Sempre assim foi – dinheiro há, mas está mal dividido. Uns com tudo e outros sem nada. Em Portugal só devo …contos ao Banco …, e nunca falhei. Aos bancos imperialistas na Suíça devo qualquer coisa, ao Banco …, mas estou cá na Suíça e não estou todos os meses a pagar.
A mim nada me pode obrigar a fazer uso de cheques. Junto lhe envio um cheque de requisição. Preciso de um livro de cheques.
Com os meus respeitosos cumprimentos,
Carlos A.
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