Agências de rating ameaçam bloquear o novo pacote de ajuda financeira à Grécia.
Muito se tem escrito já sobre o papel destruidor das agências de rating e, até certo ponto parecia mais razoável tomar em consideração as suas notações e corrigir as trajectórias erráticas que as determinavam do que contestar os critérios de avaliação que lhe estavam subjacentes. Por tanto degradarem os tais ratings, isto é, a probabilidade de cumprimento dos compromissos dos devedores, as taxas de juro cresceram para patamares insuportáveis, entraram o FMI e a União Europeia com receitas cavalares para acalmar os mercados.
Não se acalmaram, e as agências de rating, que como se sabe são propriedade de grandes investidores, são os maiores responsáveis por esta desinquietação interminável que só pode acabar com a confirmação dos vatícinios dos reis tingues: a bancarrota ou, eufemisticamente, a reestruturação da dívida.
O que é espantoso é que nem o FMI, nem a União Europeia, nem o BCE nem o FED, que se saiba, trataram de perguntar aos patrões dos reis tingues o que pretendem eles com esta escalada terrorista contra as economias mais fragilizadas da Europa. Que, se forem obrigadas a arrear acarga de forma descontrolada, poderão por efeito sistémico, colocar em causa todo sistema financeiro mundial. É isso que querem?
Os reis tingues, aliás, foram, como é sobejamente conhecido, prescritores com triple A de mundos e fundos que mais tarde se mostraram tóxicos.
Trichet disse há dias que os sistema financeiro mundial está ao rubro, na zona vermelha. Até quando e onde é lícito aos reis tingues continuarem a atear o fogo?
1 comment:
Tal como qualquer toxicodependente os mercados nunca se saciam, até morrerem de overdose.
Esperemos apenas que isso aconteça, porque quanto mais depressa isso acontecer, mais depressa reinventaremos um mundo menos tóxico e mais Humano!
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