"Deixamos a liberdade eliminar-se a si própria? Será que vamos um dia ser tão livres que nem podemos sair de um abrigo?"* (aqui)
Boa questão. Mas quem define os limites do razoável?
Nas sociedades democráticas é (deve ser) o poder legislativo considerando os valores morais prevalecentes.
Nos EUA, como sabe, a posse legal de armas tem sido objecto de discussões intermináveis mas a maioria tem mantido esse direito quase ilimitado mesmo após carnificinas abomináveis. Mas é esse o querer (por enquanto) da maioria e a vontade da maioria expressa pelo voto é o alfa e o ómega da democracia.
Se a lei consente os tablóides estes só podem ser condenados se se posicionarem à margem das leis. Mas devem ser condenados nos termos da lei se exorbitarem os limites.
Não vejo que possa ser, democraticamente**, de outro modo.
E você?
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* A propósito do apontamento de ontem "Se o porco gosta".
** Pelo respeito e pela reserva, que Ramos considera postergados pelo mito democrático, considerava Salazar a política como "o conjunto de meios de natureza individual e colectiva pelos quais a consciência pública é levada a um estado de adesão ou simples conformidade com os objectivos do Governo e colabora com o Poder na sua realização" (Discursos, IV, 274)
Os líderes chineses de hoje não dirão exactamente isto mas procedem exactamente de igual modo.
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* A propósito do apontamento de ontem "Se o porco gosta".
** Pelo respeito e pela reserva, que Ramos considera postergados pelo mito democrático, considerava Salazar a política como "o conjunto de meios de natureza individual e colectiva pelos quais a consciência pública é levada a um estado de adesão ou simples conformidade com os objectivos do Governo e colabora com o Poder na sua realização" (Discursos, IV, 274)
Os líderes chineses de hoje não dirão exactamente isto mas procedem exactamente de igual modo.
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