Ruptura negocial abre cenário de grande risco na Autoeuropa
O cenário que se abre, neste momento, face à ruptura negocial entre a administração da VW Autoeuropa e os trabalhadores, é difícil e de risco, num contexto de crise internacional.
O cenário que se abre, neste momento, face à ruptura negocial entre a administração da VW Autoeuropa e os trabalhadores, é difícil e de risco, num contexto de crise internacional.
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Ontem, foi notícia o melhor posicionamento de Portugal, em termos de competitividade, segundo o IMD, de Lausanne. Subimos 3 lugares. Melhor posicionamento não significa, ainda, uma boa posição no ranking do Instituto suíço: 32º. entre 57.
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Por falar em competitividade, quase todos os relatórios que abordam a questão em Portugal referem a falta de flexibilidade das leis laborais como a principal causa do nosso mau posicionamento relativo, com consequências dramaticamente visíveis na deslocalização de empresas e na repulsão que aquele factor exerce sobre o investimento estrangeiro.
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A Autoeuropa vinha até agora a apresentar-se como um exemplo, quase único, da capacidade de entendimento entre sindicatos e uma entidade patronal de grande dimensão. A notícia desta manhã vem, lamentavelmente, infirmar a ideia de que ainda há sindicalistas capazes de compreender a conjuntura de crise que atravessamos.
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Disse, que atravessamos, mas tenho de corrigir: A crise não chegou (ainda) a todos. Há quem tenha os seus postos de trabalho e salários garantidos. São os que, por sorte deles, se empregaram em actividades que não dependem (ou não dependem para já) das vicissitudes do mercado.
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Poderemos viver permanentemente assim? Poderemos continuar a contar com os empréstimos com que pagamos as facturas ao exterior? Poderemos viver num país como vivêssemos num grande centro comercial abastecido por fornecedores que nos continuarão a abastecer ininterruptamente a fiado?
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Com quem disputam os sindicalistas da Autoeuropa as condições de trabalho aos Sábados? Com os patrões da Empresa ou com os outros portugueses?
3 comments:
"falta de flexibilidade das leis laborais como a principal causa do nosso mau posicionamento relativo,"
Flexibilidade?
Que flexibilidade é que falta?
Contractos a prazo (até mensais), recibos verdes, contratacção através de empresas, salários médios de miséria.
Geração dos 500 Euros. Já ouviu falar?
Das minorias que ainda têem contractos colectivos?
Estamos a falar de quê?
Competir com quem? Com a China, a India, o México?
Os sindicatos estão a sonhar, acordaram tarde e a más horas mas, os nossos gestores, grande parte deles, andaram a aproveitar a onda dos outsourcing, downsizing, grandes salários e bonus e também não viram onde isto ia parar.
Afinal o que é que defende com a famosa 'flexibilização'?
Salários e condições de trabalho à moda da China?
Se é isso, vem tarde, porque as estruras de produção já se foram e, mesmo que conseguisse essa tal 'flexibilização', ia aplicá-la a que empresas a que trabalhadores?
A Autoeuropa é um último resquicio de empresas em vias de extinção.
Assim como, a Airbus, as empresas de construção naval, a GM, a Fiat, as fábricas de texteis,etc.. (como lhe disse num comentário anterior).
Há algo que há muitos anos me faz confusão.
Os consumidores são as mesmas pessoas que trabalham e ganham um salário, não será?
Se lhes tirarmos o poder de compra, baixando os salários, para sermos mais competitivos (termos mais lucros) vendemos a quem?
À 'meia-dúzia' cujos salários aumentamos por serem uns génios que defenderam essa teoria?
Vender 'meis-dúzia' do que quer que seja não é grande negócio, parece-me.
Cara Amiga A.,
A falta de flexibilidade das leis laborais em Portugal é a principal causa de redução da competitividade da economia portuguesa, segundo os relatórios de Institutos internacionais, como pode observar nas transcrições que fiz.
Estarão errados?
Tanto pior para nós que não os conseguimos convencer do contrário e sofremos as consequências negativas dessa apreciação.
Ou conseguimos?
"Estarão errados? "
Depois de tantas surpresas com a dimensão do 'buraco' em que nos metemos, tantas previsões que se mudam de semana para semana (infelizmente quase sempre para pior), tantas medidas para salvar bancos que continuam a falir, tantos relatórios que dizem que já se vislumbra o fim da recessão desmentidas de seguida por mais despedimentos e mais empresas falidas, lamento, mas, esses relatórios não me convencem.
Os USA continuam no topo da competitividade????????
Parece-me mais uma tentativa patética de se agarrarem a um Mundo que acabou.
Flexibilidade, vamos precisar de muita para 'navegar' nos tempos que se aproximam.
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