Atenas - lugar de imigrantes é atacado por para militares
Três petardos junto a esquadra agravam pânico na Bela Vista
A 26 de Janeiro deste ano comentei, sob o mesmo título - O OVO DA SERPENTE - os tumultos em Atenas envolvendo imigrantes. Hoje volto ao tema a propósito dos distúrbios no Bairro da Bela Vista, em Setúbal, imediatamente polticamente aproveitados reclamando a expulsão imediata dos imigrantes que sejam condenados por crimes praticados em Portugal. A intenção é óbvia: induzir em quem ouve a ideia de ligação entre os distúrbios observados e a comunidade imigrante como sua causadora. E quem ouve dificilmente deixará de apoiar a proposta, malandragem já cá temos de sobra.
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Acontece que nem todos os arruaceiros são imigrantes, nem todos os imigrantes são arruaceiros. Provavelmente até, o número de imigrantes transgressores da lei não é proporcionalmente maior que o de transgressores nacionais. Nesta subliminar conexão entre distúrbios e imigrantes insinua-se uma mensagem que poderá ter consequências dramáticas para o futuro da Europa se não for travada a tempo. A construção da Europa passa pela convivência multiétnica sem a qual toda a integração europeia será posta em causa e a guerra assaltará o continente europeu de novo. A vertente decisiva da defesa europeia passa pelo reforço das condições de segurança interna, garantindo aos que nela habitem a convivência isenta de quaisquer indícios de conflitualidade étnica ou religiosa.
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Dito isto, não se perfilha o discurso de extrema esquerda da discriminação positiva a favor das minorias, quaisquer que elas sejam. Nacionais ou imigrantes, quaisquer que sejam os seus credos e as suas cores estão (devem estar) sujeitos à observâncias das mesmas leis. Compete à justiça fazê-las observar em tempo útil. Lamentavelmente, é neste pilar que continua a observar-se a falha mais crítica do edifício democrático português.
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