Em tempos idos há muito tempo havia na Figueira um aviso comum a quem confundia personagens: "Não confundir Traveira Pai com Traveira Filho!".
Nunca soube qual a origem de tal advertência proverbial mas imagino que tivesse começado por um lamento repetido por um pai desiludido ou desesperado com o descendente.
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Ao ler, num dia, que "dum dos mais respeitados investidores do mercado financeiro português" fora apresentado no ISEG um livro biografia da sua "experiência fantástica" e, no dia seguinte, que um banqueiro com o mesmo nome se encontrava em situação de falência iminente, e hoje, passados dois dias, se saber que vai ser demitido para que o seu banco seja resgatado, é caso para dizer: "Não confundir o Rendeiro de Sábado com o Rendeiro de Quarta-Feira!"
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Confusões à parte, o caso do BPP suscita outra distinção: Entre o BPP a quem foi rejeitada, e bem, a garantia do Estado de 750 milhões de euros, solicitada por João Rendeiro de Sábado, e o BPP a quem seis bancos nacionais vão emprestar 500 milhões de euros, despedindo João Rendeiro de Quarta-Feira. Sendo certo que os tais seis bancos serão eles próprios garantidos pelo Estado. Confuso? Não confundir o BPP do João Rendeiro de Sábado com o BPP sem o João Rendeiro de Quarta-Feira. João Rendeiro de Quarta-Feira não está de acordo. Poderá?
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Constâncio e banca nacional apresentam saída para o BPP que obriga Rendeiro a abandonar
O Banco de Portugal (BdP), liderado por Vítor Constâncio, e os restantes bancos do sector concertaram-se para salvar o Banco Privado Português (BPP) e afastar a actual administração liderada por João Rendeiro. O objectivo é salvar os activos que o banco ainda possui em carteira e evitar que a falência impeça que o BPP salde os seus compromissos internacionais e contamine o resto do sistema.
O Banco de Portugal (BdP), liderado por Vítor Constâncio, e os restantes bancos do sector concertaram-se para salvar o Banco Privado Português (BPP) e afastar a actual administração liderada por João Rendeiro. O objectivo é salvar os activos que o banco ainda possui em carteira e evitar que a falência impeça que o BPP salde os seus compromissos internacionais e contamine o resto do sistema.
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Conheça a história de um dos investidores mais respeitados do mercado financeiro português “João Rendeiro, Testemunho de um Banqueiro” é o nome do primeiro livro de Myriam Gaspar, jornalista da “Sábado”. “Foi uma experiência fantástica. Um acto de aprendizagem contínuo”, revelou Myriam, de 40 anos, a Record, adiantando que foi convidada por João Rendeiro a escrever a biografia. Por sugestão da jornalista, o livro – que é apresentado no próximo dia 24, no ISEG, por Francisco Pinto Balsemão – está contado na primeira pessoa, para “criar uma relação mais intimista com o leitor”. O prefácio é de João Cravinho.
Data: Quinta-feira, 20 Novembro de 2008 - 01:00
Data: Quinta-feira, 20 Novembro de 2008 - 01:00
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