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Não é meu costume personalizar as questões mas é impossível, a propósito deste teu post, não relembrar as posições tomadas por MFLeite nas vésperas da manifestação dos professores. Resumidamente:i) deve o governo cessar imediatamente o processo de avaliação em curso ii) a avaliação deve ser repensada e atribuida a entidade externa iii) deverão ser abolidas as quotas administrativas de avaliação.
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Parece-me pouco razoável, é o menos que pode dizer-se da intervenção de MFLeite na véspera da manif. É certo que, quando era governo o PSD e oposição o PS, o PS em várias ocasiões alinhou ao lado dos contestatários por mais absurdas que fossem as suas reivindicações. Mas se a luta política se faz por represália, a política deixa de ser uma arte nobre a passa a ser uma actividade rasca.
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Eu não sei se este método de avaliação é bom, mau ou assim-assim. O que sei é que o governo é legítimo e tem legitimidade para impor a avaliação dos funcionários da forma que entender. É assim que se procede em qualquer parte.Se os professores, enquanto cidadãos, quiserem penalizar o governo devem aguardar pelas próximas eleições legislativas. Até lá, devem obediência ao ministério da educação ou nunca mais sairemos do caos em que a educação foi mergulhada há muito e esta ministra tem, com pertinácia notável, querido contrariar.
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Quando às quotas, MFLeite parece desconhecer que sem quotas todos, ou quase todos, serão muito bons.O que é imperdoável para quem deveria saber que também as capacidades humanas seguem uma distribuição normal. E da foma como é recrutado o universo de professores, se houver algum enviesamento, é muito provável que ele se dê à esquerda da curva de distribuição.
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A avaliação externa, por outro lado, seria uma forma de desmantelamento da forma de diferenciação entre professores que a ministra decidiu e MFLeite acha que deve ser abolida.
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Voltemos ao ponto de partida, segundo MFLeite. Que, como toda a gente sabe, não era lá grande coisa. Que te parece?
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