Monday, November 10, 2008

OBAMA E A GUERRA - 2

Um dos temas mais abordados, e há mais tempo, aqui no Aliás , basta clicar nas etiquetas "Iraque" e "petróleo", tem sido a questão da guerra do Iraque. Contrariamente à opinião generalizada, e também do que pensa a quase da totalidade das pessoas que conheço e com quem, de vez em quando, discuto o assunto, sempre defendi que a presença das tropas norte-americanas no Iraque não é apenas o resultado de uma casmurrice tola de George W. Bush, ou da manipulação que sobre ele exerceram os lóbis do armamento e de todas as outras indústrias que se engordam com a guerra. Também sempre defendi que o móbil da invasão do Iraque nunca foram as supostas armas de destruição maciça nem uma devoção serôdia de Bush pela democratização de um país que nunca soube, nem os seus vizinhos, o que isso é.
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A presença norte-americana no Iraque deve-se à dependência dos EUA (de que retira vantagens todo o resto do mundo petróleo-dependente) das reservas de petróleo do Médio Oriente que constituem a vertente mais instável da sua segurança e, portanto, aquela que condiciona toda a sua estratégia de defesa. Uma estratégia que foi fixada muitos anos antes de George W. Bush ter sido eleito presidente pela primeira vez.
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Dizendo isto, não absolvo Bush de muitos aspectos da sua administração errática.
Se volto ao assunto é apenas para renovar a minha aposta: os norte-americanos não retirarão do Iraque enquanto a sua dependência do petróleo do Golfo subsistir.
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Obama, que acredito ser um político com qualidades excepcionais, vai ter que desiludir, mas não desiludir-se porque não acredito que não saiba há muito o que está realmente em causa no Iraque e arredores, na promessa que fez de retirada.
Oxalá me engane. Mas como há muito referi por aí, de qualquer modo, ganharei sempre qualquer coisa com esta aposta: ou a aposta ou o fim da guerra.
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Bombs Kill 28 in Baghdad

A triple bombing Monday morning destroyed a minibus full of passengers and rained glass and debris on people nearby, leaving at least 28 dead and 50 wounded in the deadliest attack in the Iraqi capital in months, police and witnesses said.
The attack showed the resilience of extremist networks that continue to target politicians, police and ordinary Iraqis with explosives, even as overall violence in Iraq has dropped and the Iraqi security forces have grown in strength and numbers.

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