Mais uma manifestação de professores, desta vez, segundo dizem, não mobilizada pelos sindicatos. Representantes dos manifestantes são recebidos na AR por deputadoso do BE, CDS e PSD. Todos os professores, ou quase todos, dizem aceitar a avaliação de desempenho, mas não esta. Os partidos da oposição bebem-lhes as palavras, e repetem o mesmo.
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Há nesta aparente disponibilidade de todos uma dissimulação que o tempo descobrirá completamente: Se a persistência da ministra soçobrar, por meio de uma qualquer medida que a substitua no cargo, repetindo-se o erro cometido com a substituição do anterior ministro da saúde, constatar-se-á a evidência de que o que está em causa nesta mobilização de professores não é o sistema de avaliação de desempenho, nem quaisquer absurdos burocráticos que lhe estejam, eventualmente, ligados, mas a questão das quotas.
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Qualquer sistema de avaliação de desempenho que mantenha o sistema de quotas não será aceite nem pelos sindicatos nem pelos professores; qualquer sistema, mesmo o actual, que abandone as quotas e permita que, no limite, todos sejam considerados excelentes será bem recebido pelos professores com o regozijo transitório dos sindicatos.
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Transitório, porque a partir daí descobrirão outros meios de mobilizar o descontentamento latente dos seus associados para se poderem manter nos seus lugares.
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