Friday, June 25, 2010

PARA A HISTÓRIA DA INDIGNIDADE DA BANCA EM PORTUGAL

Conheço Filipe Pinhal e sempre o considerei, e ainda considero, uma pessoa de bem, apesar de algumas situações ainda pouco claras em que interveio enquanto administrador do BCP.

Em Março do ano passado, Filipe Pinhal, quando interrogado pelo Expresso "Incomoda-o o facto de o presidente do banco, Carlos Santos Ferreira, e o vice-presidente, Armando Vara, serem do Partido Socialista? Pinhal respondeu: "A filiação partidária não conta para estas coisas. Era o mesmo que dizer que o Benfica tinha tomado o BCP pelo facto de Armando Vara ser adepto convicto do clube". vd aqui

Em que ficamos, Filipe, considerando o que se lê aqui ou aqui?

"O ex-presidente do BCP, Filipe Pinhal, tece duras críticas  ao Governo por este ter nacionalizado informalmente o banco. Mas não fica por aqui. PS, CGD, BES e Joe Berardo são igualmente alvo de críticas, com o responsável a considerar que o banco passou a ser uma “central de informações e de influência”.

As declarações constam de um documento que está na posse da defesa do ex-responsável, citado pelo jornal “Sol”.

No documento Pinhal adianta que a administração de Santos Ferreira e de Armando Vara foi constituída e passou a liderar uma instituição que é “uma central de informações e de influência” e que passou o seu “comando efectivo” para Joe Berardo.

Filipe Pinhal acusa ainda o grupo de accionistas liderado por Joe Berardo de se ter aliado a “figuras proeminentes do PS a membros do Governo, com destaque para o primeiro ministro e o ministro da Economia [na altura Manuel Pinho], beneficiando do apoio secreto do presidente do Banco Espírito Santo”, Ricardo Salgado. Uma atitude que o ex-presidente do BCP considera ter sido para “tomarem de assalto o poder” do banco.

No mesmo documento, citado pelo “Sol”, Filipe Pinhal considera que “a destruição do BCP” é “um crime que não prescreve”. E traça o percurso do banco: “foi dificilmente construído em 20 anos, rapidamente destruído em 20 dias e severamente arruinado em três anos”.
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Que o PS tomou conta do BCP é por demais evidente para Pinhal só agora ter descortinado o óbvio. Por que razão deu a resposta que deu em Março de 2009 só ele poderá responder.
Seria interessante que o jornalista lhe colocasse a pergunta.

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