Portugal é o país do euro onde os salários da função pública mais pesam. Conter os gastos com os funcionários do Estado pode ser um "factor crucial" para restaurar a competitividade, sugere um estudo hoje divulgado no site do Banco Central Europeu (BCE), e que tem Portugal, mas também Irlanda, Itália, Grécia e Espanha como potenciais destinatários.
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Nada disto é novo.
Estranha-se é aquele "pode ser".
Repetidamente, tenho apontado neste caderno que se o rendimento nacional não cresceu na última década mas os não transaccionáveis (onde se inclui a função pública) se apropriaram durante esse período de um pedaço maior, a conclusão óbvia é que os transaccionáveis foram sugados por eles, a sua competitividade esmagada, e a economia tornou-se uma fantasia.
A entrada no euro sem precauções promoveu esta perversão. Olivier Blanchard, Vítor Bento, sobretudo, abordaram a questão de uma forma mais abrangente há muito tempo.
Repetidamente, tenho apontado neste caderno que se o rendimento nacional não cresceu na última década mas os não transaccionáveis (onde se inclui a função pública) se apropriaram durante esse período de um pedaço maior, a conclusão óbvia é que os transaccionáveis foram sugados por eles, a sua competitividade esmagada, e a economia tornou-se uma fantasia.
A entrada no euro sem precauções promoveu esta perversão. Olivier Blanchard, Vítor Bento, sobretudo, abordaram a questão de uma forma mais abrangente há muito tempo.
Os gastos com os funcionários públicos deveriam ser constitucionalmente contidos num limite que não ultrapassasse nunca o crescimento do rendimento nacional, para que os governos (este e os futuros) fossem libertados da sujeição à pressão dos únicos sindicatos que têm condições para impor as condições que entendem, e inibidos de aumentos oportunistas em anos de eleições.
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