As expectativas sobre o evoluir da situação económica continuam a deprimir-nos os dias.
Mas pior que as expectativas do arrastar da crise global é a expectativa do continuar do arrastamento da economia portuguesa, que já vinha de há uma década atrás e promete continuar por tempo indefenido. E porquê? Porque nos falta potencial para aproveitar a retoma internacional quando ela chegar. E porquê? Porque investimos durante muitos anos as poupanças, as doações e os empréstimos, sobretudo em meios especulativos, ou de retorno baixo ou curta reprodutividade. E porquê? Por falta de alternativas competitivas. E porquê? Porque as políticas existentes ou adoptadas privilegiavam a especulação e a expectância dos activos adormecidos, os monopólios de facto, o emprego seguro, e penalizavam, e penalizam ainda, as actividades que têm de competir no mercado. Perdeu-se potencial por desigualdade de oportunidades na competição.
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A mais corrente explicação para a falta de produtividade e competitividade do nosso tecido industrial vulgarmente aponta para a geral falta de capacidade dos nossos empresários. O que não deixa de ser verdade mas é uma verdade amarga. Porque muitos daqueles que assim pensam nunca foram empresários porque as circunstâncias da vida lhe proporcionaram uma actividade profissional tranquila e normalmente razoavelmente remunerada. Frequentemente, o nosso tecido empresarial é feito de pequenos e médios empresários que não tiveram oportunidade de obter os diplomas que lhes permitiam viver sem arriscar.
A selecção para a condição empresarial fazia-se, ainda se faz, frequentemente pela negativa.
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É a estes pequenos e médios e micro empresários que as forças políticas agora acenam com promessas de apoios para superar a crise. Não porque a crise se supere desta forma, mas porque ela atinge quase todos eles e os apoios têm incidências sociais, sobretudo na sustentação do emprego. Como são muitos, e em democracia a cada eleitor um voto, este interesse partidário súbito pelas PME é, em vésperas de eleições, disfarçadamente também um apelo ao voto.
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Passada a crise global, as PME continuarão a ser o que têm sido até aqui: as filhas de um deus menor. E a crise estrutural da economia portuguesa continuará porque nada, de realmente relevante, mudará enquanto não houver um consenso alargado sobre as medidas que há muito se impõem, e a que tantos já se referiram, para mudar Portugal.
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Banco de Portugal espera recessão em 2009 e 2010
O Produto Interno Bruto deverá contrair-se 3,5 por cento este ano e continuar em recessão durante 2010, anunciou hoje o Banco de Portugal (BdP). O banco central mantém a previsão de Abril passado, mas aponta para uma quebra de 0,6 por cento da actividade económica em 2010.
Taxa de inflação vai ser negativa em 2009
Desemprego vai continuar a crescer em 2010
O Produto Interno Bruto deverá contrair-se 3,5 por cento este ano e continuar em recessão durante 2010, anunciou hoje o Banco de Portugal (BdP). O banco central mantém a previsão de Abril passado, mas aponta para uma quebra de 0,6 por cento da actividade económica em 2010.
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Desemprego vai continuar a crescer em 2010
Médicos uruguaios para o Algarve e Alentejo
Para responder ao crescente aumento do número de turistas, a Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS) pôs em marcha um Plano de Verão, mas debate-se com a falta de médicos, pelo que vai recrutar médicos uruguaios.
Para responder ao crescente aumento do número de turistas, a Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS) pôs em marcha um Plano de Verão, mas debate-se com a falta de médicos, pelo que vai recrutar médicos uruguaios.
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