A avaliação é uma inquietação. Tanto para os avaliados como para os avaliadores porque a partir daí quebra-se a corrente do nacional-porreirismo, salvo se não houver quotas.
Não havendo quotas, é um regalo: Somos todos bons.
Os sindicatos dos professores, e a generalidade dos professores, porque é por demais evidente que os sindicatos são, neste caso, a corporativização institucionalizada dos interesses dos instalados, não podem ser mais claros: avaliação sim, desde que não sejamos perturbados no descanso adquirido há muitos anos de não prestarmos provas perante seja quem for.
A Ministra, muito provavelmente, cessará funções no termo desta legislatura. Quem vier a seguir terá de passar descalço pelas brasas que os sindicatos não vão deixar de atear, com o aplauso geral e gáudio da oposição, qualquer que ela seja, a menos que aceite voltar aos tempos sem avaliações nem responsabilidades. Mesmo assim, será um mau ministro. Nunca houve um ministro da educação, sequer, razoável em Portugal, no entender da generalidade de professores e alunos. A probabilidade de o próximo ser tão mau como os predecessores é elevadíssima.
Dito isto, não se ignora que o sistema de avaliação na sua estrutura inicial não tivesse aspectos que devereriam ser revistos. Mas sempre me convenci, e continuo convencido, que os sindicatos rejeitariam, e continuarão a rejeitar, qualquer avaliação que distinga os professores uns dos outros com consequências nos seus salários e carreiras. Com este ou qualquer sistema de avaliação com consequências. Os sindicatos não podem ser mais claros: Os professores não devem ser avaliados.
Porque, obviamente, a avaliação ou tem consequências ou é outra coisa.
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