Wednesday, July 01, 2009

TüRLERSEE

Sem mar por perto, os suiços em dias de Sol vão à praia aos lagos.
Estendem-se na relva ao Sol ou à sombra das àrvores. E ali ficam silenciosos a ler ou a murmurar em grupos. De vez em quando, saltam para a àgua, dão umas braçadas, e voltam para a relva. Ningue'm os ouve, o silêncio das montanhas e do lago permanece imperturba'vel à volta.
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Ontem, no lago faiscava um Sol mediterrânico, e os suiços aproveitavam, mas o silêncio estava perturbado. Um grupo de jovens na casa dos quinze, dezassete anos, atirava-se à a'gua numa algazarra de gritos que se ouvia em toda a parte.
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Fomos at'e à a'gua. A rapaziada continuou a berrar, cada qual a tentar sobrepor-se à gritaria dos outros. Um deles cuspia para a a'gua. Berravam em alemão su'iço, o que tornava intrigante o seu comportamento tão diferente de todos os outros (sui'ços ou não) que ali andavam.
Subitamente, e em resposta a um empurrão de um deles, uma das jovens que mais gritava, berrou ainda mais alto: Oh p'a vai à merda!
Ficamos informados.

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