Hoje, na Antena 1, "a pergunta ao auditório da Antena Aberta " era se "concordava com o plano de construir um fundo europeu de apoio ao sistema bancário".
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As respostas, como era de esperar, afinavam todas pela repulsa por tal ideia, acompanhada pela invectivação dos piores qualificativos aos bancos que ocorriam a cada um dos participantes no desenrolar dos seus intermináveis contributos para o esclarecimento do assunto.
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Que às pessoas seja dada a possibilidade de falar na rádio, na televisão, nos jornais ou nos blogues, parece-me salutar para a vivência e convivência democráticas. É a errar que se aprende e este tipo de programas tem alguns méritos.
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No caso de hoje, teria sido bom que alguém tivesse dito aos ouvintes que o sistema financeiro, para o bem e para o mal, envolve-nos a todos, que se estoirar o sistema financeiro, estoira o sistema monetário, e a moeda evapora-se. Aquilo com que se compram os melões desvaloriza-se de forma galopante, o desemprego aumenta, a instabilidade instala-se e a guerra aproxima-se.
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Mas ninguém se atreveu a dizer isto. Ou não foi convidado.
2 comments:
...mal, envolve-nos a todos, que se estoirar o sistema financeiro...
Pois é meu caro, o problema é que estes sistemas que temos, o financeiro, o dos combustíveis, o fiscal, o social, etc. está a envolvernos a todos não numa má, mas numa péssima motalha.
Quem foi o estupido que disse aos estupidos que pensam saber tudo sobre tudo e sobre todos, que era muito bom despedir pessoal, fechar fábricas num sítio e abrir noutro?
Hoje mesm, as marcas de automóveis, estão a constatar que chineses, indianos e robots, para não falar noutros, não têm dinheiro para lhes comprar os automóveis.
Quem lhos comprava, foi despedido por eles próprios. O Salão de Paris, aponta para um flop. Não lhes adianta desenhar e fabricar carros novos se não há compradores. O sistema finanaceiro, vulgo bancos e jogadores da bolsa, tal como os do casino, levaram as economias familiares ao tapete. O sr. trichet, antes do "plano de salvação" americano, dizia que os juros deveriam baixar já este mês. Com o tal plano aprovado, já fala em descer só para o ano que vem. Trabalha às ordens de quem, esse cavalheiro?
O "sstema financeiro", deveria pagar pelos abusos cometidos e a melhor maneira e o fazer será através de nacionalizações. As grandes industrias, que se deslocaram para lugares onde podem explorar ainda mais e fazer por cinco o que aqui faziam por vinte, deveriam ser penalizadíssimas em termos fiscais, por forma a rápidamente reconsideraraem a asneira que fizeram.
As pessoas não podem ouvir falar em bancos, que os sugam até ao tutano. Isso de chamar Sistema Financeiro à agiotagem pode e deve ter os dias contados. As consequências, já sabemos quem vai pagá-las. Mas desta vez, o mundo pode não ser suficientemente grande para que quem levou isto ao estado em que está, se possa esconder.
Portano, meu Amigo, não concordo nada consigo quando defende estas antenas abertas ao estilo Mugabe ou soviético, onde as respostas têm de ser condicionadas à vontade do perguntador.
Queriam respostas, tiveram-nas, ainda que suaves, só com palavras.
Pois é Antonio, esqueceram-se ou apenas ignoraram, cegos pela ganancia, que os trabalhadores que despediam eram simultaneamente os consumidores de que necessitavam para comprar os produtos que passaram a produzir por uma tigela de arroz na China, India, Bangladesh, etc...
Não se aperceberam, ou cegos pelo lucro fácil, ignoraram que estavam a dar o know-how que os chineses e indianos necessitavam para abrir uma fábrica ao lado e produzir algo parecido, muito mais barato (e nalguns casos contaminado) e paulatinamente acabar com as empresas ocidentais.
Veja-se o que está a acontecer a empresas com nome firmado no mercado como a Danone, a Nestlé, a Cadbury, etc...
E as nacionalizações de empresas falidas vão servir para quê?
Para adiar o inevitável e os politicos europeus poderem continuar durante mais uns tempos a fazer discursos ao som de violinos?
Quanto a penalizar as empresas que fizeram 'job displacement' parece-me que chegámos tarde. Muitas dessas empresas já não existem ou estão na falência e os gestores 'geniais' que tomaram essas decisões têem o dinheirinho dos prémios milionários que receberam a bom recato e já se demitiram 'before the shit hit the fan'.
Tenho dúvidas que isto seja uma globalização do comercio, parece-me mais uma concentração do comercio, do dinheiro, enfim, do poder na China, India e aliados (pessoal com petroleo e matérias primas).
Tudo foi feito e deixado fazer em nome da competitividade e da liberdade do mercado e, o que mais me desanima é que se, sobrevivernos a esta, somos muito capazes de voltar a repetir os mesmos erros no futuro.
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