Sunday, March 09, 2008

TEXAS

As notícias de criminalidade violenta em Portugal, e sobretudo nas maiores áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, que se têm intensificado nos últimos tempos e que obrigaram o Governo a corrigir a pontaria admitindo o reforço de meios humanos e humanos, encontram na proliferação de armas ilegais (o Expresso de ontem referia um cálculo que atira para cima de 1,3 milhões de armas ilegais) uma das causas do súbito agravamento do sentimento de insegurança.
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Há, segundo estimativas que se julgam credíveis, cerca de 2,3 milhões de armas em Portugal, das quais pelo menos 700 mil (as ilegais) não se encontram em boas mãos, para utilizar um jargão do tempo do PREC quando algumas facções políticas que emergiram no pós 25 de Abril jogavam às revoluções. Hoje, para muitos detentores de armas ( e estatisticamento há, em média em Portugal, cerca de 1 arma de fogo por cada 2 famílias) a vida não é um valor absoluto e os criminosos começam a tomar o freio nos dentes.
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Há dias comentava aqui, em sequência de anteriores posições minhas sobre o mesmo tema, que "Sendo os recursos limitados, o Governo deveria reforçar o orçamento da segurança interna transferindo recursos da defesa."
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Defesa externa, entenda-se, onde o inimigo é difuso e distante, pelo menos para a esmagadora maioria das pessoas, contrariamente ao inimigo interno que cada vez se mostra mais ameaçador e violento.

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