Ainda lá não chegámos, mas por este andar lá chegaremos.Ontem foi notícia a morte a tiro de uma mulher jovem em Sacavém e um outro tiro no parque do Shopping de Oeiras que atirou um rapaz para o hospital de S. Francisco Xavier com uma bala na cabeça. Durante a última semana a zona da Grande Lisboa, e particularmente Loures, foi palco de 6 homicídios.
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Hoje, a violência assassina voltou ao Porto.
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Vítima foi submetida a operação e continua em estado grave
Homem baleado era segurança no café Bela Cruz
O homem que foi hoje baleado na cabeça à porta do Café Bela Cruz, no Porto, é segurança do estabelecimento, disse o presidente da Associação de Bares e Discotecas. A. F. referiu que o agressor terá disparado vários tiros, mas as informações sobre as circunstâncias do crime ainda são contraditórias. "Só o próprio segurança, se conseguir falar, poderá dizer o que se passou", acrescentou.
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Sendo os recursos limitados, o Governo deveria reforçar o orçamento da segurança interna transferindo recursos da defesa.
Se não, um dia destes, estaremos no pelotão da frente da criminalidade. Lamentavelmente, é mais fácil subir nos rankings do mal que progredir no pelotão do desenvolvimento humano.
Sendo os recursos limitados, o Governo deveria reforçar o orçamento da segurança interna transferindo recursos da defesa.
Se não, um dia destes, estaremos no pelotão da frente da criminalidade. Lamentavelmente, é mais fácil subir nos rankings do mal que progredir no pelotão do desenvolvimento humano.
5 comments:
Meu caro, você está a ver mal o problema.
Compare Lisboa (ou Loures) com Moscovo.
Compare o país todo com o Rio de Janeiro.
Não dá nada, somos um país seguríssimo.
O que você tem a fazer é usar as lentes, os numeros e os métodos de os tratar, que o seu governo usa.
Se o fizer, vai ver que pode sair à rua em qualquer lugar, a qualquer hora.
Caro António,
Portugal ainda é um país relativamente seguro mas com a nossa natural tendência para bater recordes do lado pior não me admiraria que a situação se invertesse rapidamente.
Parece-me, e foi essa a razão maior porque toquei no assunto, que deveria o Governo dar às polícias mais meios e mais formação.
Parece que temos mais polícias por habitante do que a média da União Europeia. Mas os resultados que, por vezes chegam a público, demonstam que a sua formação e meios de que dispõem deixam muito a desejar.
Vejamos dois casos mediáticos: o do desaparecimento da Maddie, o ataque ao advogado Bexiga. No primeiro caso, a polícia permitiu que a casa fosse devassado e os indícios apagados ou adulterados. Perseguiu a hipótese do rapto e descartou a hipótese do homicídio.
Resultado: Quando as investigações se voltaram para a hipótese de a criança ter sido morta os caminhos da investigação estavam bloqueados. Se houve homicídio e o corpo foi levado para um contentor de lixo, por exemplo, quando se lembraram dessa prática criminosa comum, como poderiam lá chegar?
Quanto ao caso Bexiga é a Procuradora-Geral Adjunta que o diz: A Polícia não fez o que devia.
Estava comprada? Não quero acreditar.
De modo que o dinheiro que é gasto a ensinar uns quantos a marcar passo era melhor empregá-lo na prevenção da criminalidade e na detenção dos criminosos.
Melhor polícia e menos tropa é minha proposta.
Meu caro, você está farto de saber que a Polícia está desmotivada. Desmotivada, zangada e vingativa.
Desmotivada porque de cada vez que leva um ladrãozeco, em início de carreira, à presença do Tribunal, após um trabalhão dos diabos para o apanhar e a preparar as papeladas, vê que todo o trabalho e risco foi em vão. Na maior parte das vezes o criminoso é libertado, quase louvado e o polícia repreendido.
Agora chama-se e classifica-se de "jovem" todo o meliante até aos trinta.
Numa sociedade protectora, pouco repreendedora e permissiva como esta, não tarda nada estamos lá, no topo.
A Polícia não precisa de mais meios, precisa de reconhecimento.
Ou então de pôr os juizes que libertam tanto malandrim, a fazer fazer o trabalho burocrático todo. Aí já não deitavam o trabalhinho pela janela fora. Ia tudo dentro. O que até nem parece mau em face das condições hoteleiras existentes nas cadeias portuguesas. Não falta lá nada, tacho a tempo e horas, médico em exclusividade, análises à descrição, psicólogos, enfermeiros, droga, tabaco em regime sem lei, ginásio sem factura nem iva, aulas de criminalidade, comunicações móveis, computadores, mail, etc.
Em resultado disto, sempre que há oportunidade, a polícia arreia no cidadão cumpridor em uso dos seus direitos e vai à caça à multa de quem cumpre mais ou menos o seu dever. Os que só têm direitos, são deixados em paz.
Ou seja, está cansada de trabalhar para o boneco e para aliviar do stress, bate e multa em quem não lhe pode fazer mal.
No caso do Bexiga, havia e há mosquitos por cordas, roupa na corda, mouro na costa...
Tenha um bom dia.
Mesmo em cima da hora:
Não sei se viu as imagens da SIC na reportagem sobre o jogo Sporting-Benfica. Edificante.
Quando se fecha uma via como a segunda circular para que um grupo de energumenos, de hooligans e não sei que mais, se dirija para um jogo da bola, não sei mais que lhe diga. Até penso que está tudo dito...
Não falo nos steet racers, que só ao fim de duas horas foram incomodados.
Vamos indo.
Concordo consigo quando refere a facilidade com que os juízes dão ordem de soltura a alguns meliantes. Mas não me parece que resida aí o nó da questão.
Mais do que desmotivadas, as polícias portuguesas estão mal preparadas e equipadas.
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