Saturday, October 31, 2020

ESTARÃO OS ESTADOS UNIDOS À BEIRA DE UMA SEGUNDA GUERRA CIVIL?

Economia e pandemia, já se percebeu bem demais, não convivem bem: não só não convivem bem como se dão mesmo muito mal. Temos demonstrações dessa incompatibilidade mais que evidentes um pouco por quase todo o mundo, escrevo quase porque há excepções, uns por umas razões, poder ditatorial como na China, idiossincrasias historicamente adquiridas como em alguns países asiáticos, Japão, Coreia da Sul, por exemplo. Chegam-nos imagens de confrontos em Barcelona e Paris entre a polícia e grupos que contestam as exigências e restrições que a contenção da pandemia impõem; aqui, neste país de brandos costumes, as regras são elásticas e as excepções um saco roto de incumprimentos. Até ver.

Nos EUA, a três dias das eleições, se Trump ganha, o contador das vítimas da pandemia, com a velocidade que já  adquiriu chegará aos sete dígitos antes que uma qualquer vacina o ponha a rodar menos rapidamente; o pavor da propagação da peste pode mobilizar reacções generalizadas, até porque a economia em situação de calamidade sanitária extrema não cresce, decresce. Trump conta com os seus boys para atacar os recalcitrantes e o confronto com grupos activistas contrários pode incendiar a América.

Se Trump perde, o trumpismo não acaba, e os confrontos entre os que obedecem ao governo de Biden e os que são mobilizados por aqueles que colocam os interesses económicos acima de toda e qualquer tentativa para evitar uma mortandade sem precedentes na história norte-americana, podem colocar o país à beira do abismo de uma guerra civil.

Para a guerra civil acontecer pode bastar um passo em frente.
Há quem pense assim. Veja-se, a seguir, o artigo do WP.
Há quem pense que tudo irá correr bem, ou quase. Não se perde nada pensar assim. Afinal o que podemos nós, sobretudo os não norte-americanos, fazer para evitar uma catástrofe que, inevitavelmente, se repercutiria em violentas ondas de choque por todo o mundo? Nada. Desoladamente, nada. 

 

 The Post Most

 

 A group tied to the   boogaloo movement carries firearms at the Michigan Capitol in Lansing on Oct. 17.

 With Election Day looming, an anxious nation hears rumblings of violence 

“Could the election devolve into civil war? Unlikely,” mused Miller, the founder of a budding network of members-only survivalist camps. “But look at World War I: Some worthless, low-level archduke gets assassinated and things escalate out of control. I’ve got people who are concerned that all it would take is a close election and some cheating.”

"... Americans are unusually anxious about this election — and about violence in its aftermath. A YouGov poll found 56 percent of voters saying they anticipate “an increase in violence as a result of the election.”

“Militia groups and other armed nonstate actors pose a serious threat to the safety and security of American voters,” said the Armed Conflict Location & Event Data Project, a nonprofit organization that researches political violence and has tracked more than 80 extremist groups in recent months. The project’s report said Georgia, Michigan, Pennsylvania, Wisconsin and Oregon “are at highest risk of increased militia activity in the election and post-election period.”

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