Estive na China, pela primeira vez por razões profissionais, há trinta anos.
A China já tinha nessa altura enveredado, sob o comando de Deng Xiaoping pelo caminho do comunismo capitalista. Deng Xiaoping viria a renunciar do cargo no ano seguinte em consequência das repercussões internacionais pelo massacre de 9 de Junho de 1989 na Praça Tianamen, ou Praça da Paz Celestial.
Visitei fábricas de produção de papel (recorde-se que os chineses inventaram o papel 105 anos DC), que estavam tecnologicamente totalmente obsoletas, equipamentos degradados, trabalhadores subempregados espreguiçando-se ao sol. À entrada da Cidade Proibida, os soldados da guarda calçavam sapatilhas.
Do oitavo andar do hotel onde fiquei, nas proximidades de Tianamen, via cruzarem-se milhares de bicicletas raramente incomodadas por uma ou outra viatura oficial.
Do oitavo andar do hotel onde fiquei, nas proximidades de Tianamen, via cruzarem-se milhares de bicicletas raramente incomodadas por uma ou outra viatura oficial.
Voltei à China duas vezes depois, ainda por razões profissionais, e em 2007, uma quarta vez, como turista. A evolução saltava à vista e confirmava as estatísticas: o crescimento da China era, e continua a ser, impressionante.
No dia 1 deste mês, o poder em Beijing celebrou com a grandiosidade e exuberância de um espectáculo de luz, cor, música e coreografia, que embasbacou o mundo (que se deixa embasbacar com estas coisas) a fundação em Outubro de 1949 da República Popular da China.
A propósito, de entre a mais de centena e meia de apontamentos neste caderno sugeridos pelas visitas e notícias sobre a China, sugiro uma olhada em "SE É ARTE TEM DE SER VERMELHA". Se a curiosidade for tanta, pode ver mais clicando na etiqueta "China" no fim de cada apontamento.
No mesmo dia, o Canal 3 da RTP, transmitiu um documentário, ainda disponível nas gravações automáticas da box, para quem tiver box, hoje quase toda a gente tem box ...,* que começava, mais ou menos, assim:
"No dia 15 de Janeiro de 2017, pela primeira vez na história do Forum Económico de Davos, a honra da abertura foi dada a um presidente da China, Xi Jinping, (Donald Trump, não compareceu) que deu uma lição sobre o mercado livre".
Irónico, sarcástico, desarmante, cada um escolha o adjectivo que julgar mais adequado, se o encontrar.
E vimos e ouvimos no referido documentário um relato impressionante sobre a caminhada da China, iniciada com Deng Xiaoping, desde que Xi Jinping se tornou presidente do Partido Comunista Chinês e, por inerência, com mandato vitalício aprovado pelo parlamento chinês em 2018, Presidente da China, o homem que o Economist já tinha considerado em 2017 ser o mais poderoso do mundo.
Seria fastidioso resumir aqui, mesmo que sucintamente, até onde já chegou a China e para onde quer Xi Jinping levá-la, e a todo o mundo, em 2049, ano do centésimo aniversário da fundação da RPC, os objectivos, os meios, os desígnios que o habilitam.
Mas saliento dois pontos:
No dia 1 deste mês, o poder em Beijing celebrou com a grandiosidade e exuberância de um espectáculo de luz, cor, música e coreografia, que embasbacou o mundo (que se deixa embasbacar com estas coisas) a fundação em Outubro de 1949 da República Popular da China.
A propósito, de entre a mais de centena e meia de apontamentos neste caderno sugeridos pelas visitas e notícias sobre a China, sugiro uma olhada em "SE É ARTE TEM DE SER VERMELHA". Se a curiosidade for tanta, pode ver mais clicando na etiqueta "China" no fim de cada apontamento.
No mesmo dia, o Canal 3 da RTP, transmitiu um documentário, ainda disponível nas gravações automáticas da box, para quem tiver box, hoje quase toda a gente tem box ...,* que começava, mais ou menos, assim:
"No dia 15 de Janeiro de 2017, pela primeira vez na história do Forum Económico de Davos, a honra da abertura foi dada a um presidente da China, Xi Jinping, (Donald Trump, não compareceu) que deu uma lição sobre o mercado livre".
Irónico, sarcástico, desarmante, cada um escolha o adjectivo que julgar mais adequado, se o encontrar.
E vimos e ouvimos no referido documentário um relato impressionante sobre a caminhada da China, iniciada com Deng Xiaoping, desde que Xi Jinping se tornou presidente do Partido Comunista Chinês e, por inerência, com mandato vitalício aprovado pelo parlamento chinês em 2018, Presidente da China, o homem que o Economist já tinha considerado em 2017 ser o mais poderoso do mundo.
Seria fastidioso resumir aqui, mesmo que sucintamente, até onde já chegou a China e para onde quer Xi Jinping levá-la, e a todo o mundo, em 2049, ano do centésimo aniversário da fundação da RPC, os objectivos, os meios, os desígnios que o habilitam.
Mas saliento dois pontos:
Macron em reunião da UE defendeu uma política de oposição à venda de activos estratégicos a empresas do Estado Chinês. Alguns chefes de governo opuseram-se, entre eles, o primeiro-ministro português, António Costa. Mas porquê, estranhou Macron, que considerava estar com a sua proposta defender os interesses dos trabalhadores portugueses. Respondeu-lhe António Costa que não podia coarctar os interesses chineses porque Portugal tinha uma dívida muito elevada a pagar.
Segundo Xi Jinping, os inimigos do comunismo chinês, que ele pretende alargar a todo o planeta a bem da humanidade, são sete, destacando-se três:
os direitos do homem,
a liberdade de imprensa.
Como pensa o homem ocidental enfrentar um gigante que assenta a sua força na eliminação global dos princípios que os valores da cultura ocidental mais prezam?
Não pensa?
Em situações como estas ocorre-me sempre a resposta dum tipo imbecil que, perante o anúncio do fim do mundo, encolheu os ombros e disse: Escape eu!
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* O MUNDO SEGUNDO XI JINPING encontra-se agora disponível aqui:
https://www.youtube.com/watch?
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