Monday, January 14, 2013

VINHOS E AIPEDES


Dois litros de cerveja produzida em "micro cervejaria" custam entre 9 e 11 dólares, consoante as diferentes qualidades à escolha do freguês, oito, na micro referida na foto.

À volta de Washington DC, na Virgínia e Maryland há várias. Mas a Virgínia orgulha-se, sobretudo, dos seus vinhos. Ainda que as Colas e outras beberagens afins continuem a ser preferidas pelos norte-americanos, os vinhos ocupam um lugar destacado em todos os supermercados, sinal de que são procurados sobretudo pelas classes mais altas. Vêm sobretudo da Califórnia, do Chile, da Argentina, da Austrália, África do Sul e, evidentemente, também de França, Itália, Alemanha e Áustria (brancos) e de Espanha. Da Suíça (caríssimos), até. 

A presença de vinhos portugueses, salvo os Portos, ou é nula ou insignificante. Pior do que isso: quando existe é representada geralmente por vinhos de qualidade inferior incutindo nos norte-americanos uma ideia errada sobre a qualidade dos vinhos produzidos em Portugal. Não me admiraria que os bons vinhos portugueses possam ter dificuldades de penetração nos EUA em consequência da avançada pelintra deste pelotão rasca.


Não é a primeira vez que anoto esta questão neste caderno de apontamentos. Repito-me porque hoje deparei com a colocação em lugar de destaque de uma dúzia de caixas de vinho verde de uma marca que nunca vi em Portugal. Preço : 4,99 dólares/garrafa. Não pode ser um bom vinho verde. Há muitos anos que os vinhos portugueses são referenciados no estrangeiro, e nomeadamente nos EUA, por produções que não prestigiam a actual qualidade dos nossos vinhos. Pelos vistos, a estratégia mantem-se. Admito que alguem ganhe com isso,  a vitivinicultura portuguesa certamente não. Se nem vendermos vinhos a estes tipos como é que arranjamos dólares para lhes pagar aipedes?

6 comments:

manuel.m said...

No RU o panorama é igualmente desanimador : Os vinhos portugueses práticamente desapareceram do mercado ,entalados entre os franceses ,caros mas tidos como de qualidade ,e os do "novo mundo", baratos e na moda .

rui fonseca said...



Não se percebe.
Hoje é notícia que as exportações em 2013 vão crescer menos que o previsto.

Se nem as exportações se aguentam não sei como se pode sair da fossa.

Anonymous said...

O negativismo e critica facil é permanente.
Portugal não irá alem , actualmente, do 16º ou 17º lugar na prução de vinho.Menos de 1/6 da produção dos USA,França, Itálie Espanha. E nem invoco a China, India e Turquia com produções muito superiores á nossa.
Contudo, Portugal é o 10º exportador mundial de vinho e tem uma quota de 4% no comercio mundial , superior á sua quota na produção.
É preciso saber interpretar o que se vê nos supermercados.

manuel.m said...

Eu limitei-me a interpretar o que não se vê nos Supermercados e o que não se lê nas criticas de vinhos , abundantes na imprensa diària . A realidade é negativa ? Pois será .

rui fonseca said...
This comment has been removed by a blog administrator.
rui fonseca said...

rui fonseca said...

Obrigado, Anonymous pelo seu contributo.
Aqui valorizam-se sobretudo as informações que possam corrigir o que afirmamos.

Dei uma olhadela pela Internet e constato que as exportações de vinho português cresceram ultimamente sobretudo para os países de língua portuguesa e para a China, neste último caso, a
preços da China.

Do mal o menos. Mas aquilo que se afirmou a respeito dos EUA e do RU parece que também o confirmam as estatísticas. Cito:

"No valor das exportações, apenas Reino Unido e EUA tiveram diminuições, com -2,6% e -4,1% respectivamente, tendo os restantes evoluído positivamente com Angola a liderar o crescimento com +30,6%, seguindo-se Brasil (+18,7%), França (+6,8%) e Alemanha (+5,5%). O mercado chinês aumentou 91,7% em valor, mas com diminuição do preço médio em 14%, para 1,35€/litro."

Renovo os meus agradecimentos. Volte sempre e corrija sff se encontrar gato por aqui.