Quando o então primeiro-ministro Guterres precisou de um voto para fazer passar na AR o rectificativo ao OE 2001 foi comprá-lo a Ponte de Lima: "Eram 13.40 do dia 28
de Novembro de 2001 quando o segundo Orçamento rectificativo foi
viabilizado. O PS não tinha maioria, mas Daniel Campelo, deputado
independente (já em ruptura com o CDS na sequência de ter votado com os
socialistas no Orçamento do "Queijo Limiano") acabou por viabilizar esta
alteração ao abster-se" - vd. aqui.
Hoje noticia o Expresso que "o PS tem em marcha um plano B para governar a capital sem os votos dos Cidadãos por Lisboa (CpL), liderados por Helena Roseta, decisivos para a maioria na Assembleia Municipal, ... que prometem votar contra a isenção de taxas urbanísticas em dívida ao Benfica. Para dispensar a srª. Roseta, o sr. António Costa está a (ou mandou) negociar com o MPT, o partido em que se fez eleger, para depois abandonar, o eurodeputado o sr. Mourinho e Pinto, contando ainda com o apoio de um pseudo independente que preside ao Parque das Nações. O voto emepetista é incomparavelmente mais intragável que o voto limiano.
Que contrapartidas vai receber o sobrante deputado do MPT não sabemos, mas sabemos que a persistência do sr. António Costa em oferecer benefícios ao Benfica não pode ter outro objectivo se não o de comprar a seu favor os votos dos benfiquistas nas próximas eleições. Se a concessão em causa estivesse protegida por lei por que razão teria de haver uma decisão política dos orgãos municipais? Bastava que os serviços (supostamente) competentes analisassem a pretensão benfiquista, olhassem para a lei, e fizessem proposta em conformidade para aprovação superior.
Pretende assim, o sr. António Costa ultrapassar, por via esconsa, as observações pertimentes que os primeiros suportes lhe colocaram, talvez inesperadamente, no caminho. Se for essa a sua tácticta como putativo primeiro-ministro, a de mudar de parceiro conforme as circunstâncias ou as restrições das leis, continuaremos entregues à inimputabilidade do regabofe em que participam o futebol, a construção civil e os políticos.
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Correl .- (19/3) - Proposta de isenção de taxas ao Benfica não cumpre a lei
Que contrapartidas vai receber o sobrante deputado do MPT não sabemos, mas sabemos que a persistência do sr. António Costa em oferecer benefícios ao Benfica não pode ter outro objectivo se não o de comprar a seu favor os votos dos benfiquistas nas próximas eleições. Se a concessão em causa estivesse protegida por lei por que razão teria de haver uma decisão política dos orgãos municipais? Bastava que os serviços (supostamente) competentes analisassem a pretensão benfiquista, olhassem para a lei, e fizessem proposta em conformidade para aprovação superior.
Pretende assim, o sr. António Costa ultrapassar, por via esconsa, as observações pertimentes que os primeiros suportes lhe colocaram, talvez inesperadamente, no caminho. Se for essa a sua tácticta como putativo primeiro-ministro, a de mudar de parceiro conforme as circunstâncias ou as restrições das leis, continuaremos entregues à inimputabilidade do regabofe em que participam o futebol, a construção civil e os políticos.
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Correl .- (19/3) - Proposta de isenção de taxas ao Benfica não cumpre a lei
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