- Então, e quando é que voltam para o Continente?
- Quinta-feira, dia 10.
- Fazem mal ... Deviam ficar mais uma semana. As Festas do Divino Espírito Santo começam precisamente na quinta-feira. É uma alegria. Nós vimos cá para as festas por esta altura todos os anos. Pagamos uma entrada, este ano ainda não sabemos quanto vai ser, mas podemos comer de tudo e quanto nos apetecer!
- E onde é que vivem?
- Nós vivemos em Toronto, no Canadá, há quase trinta anos; estes meus amigos em Westport River, Rhode Island...
E os senhores, estão a gostar dos Açores?
- Estamos a gostar muito.
- É a primeira vez?
- Estivemos cá há trinta e dois anos. Tinham naquele tempo os nosso filhos a idade que têm agora os nosso netos.
- E do que gostaram mais até agora?
- Da natureza. É uma maravilha.
- Muito melhor que a Madeira, não é? Só não temos casinos ... mas também não fazem cá falta, não senhor.
- Para nós, é uma maravilha incomparável.
- Bom peixe ...
- Óptimo.
- E o que é que já comeram?
- Até agora, garoupa, albacora, peixão, chicharro, no continente chamamos-lhes carapaus ...
- Aqui, o carapau é um goraz pequeno. Depois é peixão, e só depois goraz. Mas o que lhe recomendo é um enxaréu no forno. É uma maravilha.
- Hoje vamos ao cozido nas furnas ...
- Fazem bem. Os restaurantes fazem o cozido em panelas, fica mais suado, eu faço-o num saco, fica mais enxuto, fica melhor. Fique cá mais uns dias e vai lá a casa comer um cozido feito por mim.
- Obrigado mas não vai ser possível.
- Quais foram as maiores diferenças que encontrou passados trinta e tal anos?
- A natureza é a mesma, espectacular, grandiosa demais para ser descrita. O que mais nos surpreendeu foi, no entanto, a rede de estradas e vias rápidas ...
- Uh!Uh! Agora vai-se a toda a parte numa hora onde dantes se gastava um dia.
- E as casas. São raríssimas as casas degradadas, e encantou-nos a variedade de cores com que cada um pinta a sua habitação. Pintam todos os anos?
- Bem, todos os anos, acho que não. Mas com alguma frequência, sim.
- Os portugeses do Continente deveriam aprender com os açoreanos a conservar as casas e a cuidar do ambiente. Nesta altura do ano, São Miguel é um jardim de ponta a ponta. Vêm-se, sobretudo, hortênsias e agapanthus ao longo de quase todas as estradas.
- Mau mesmo só o serviço da SATA. Por causa da SATA é que o turismo não se desenvolve. Quem é que pode pagar as passagens aos preços que estão?
- Protestem.
- Oh senhor, fartamos-nos de protestar e é o mesmo que nada...
Está-se aqui bem, nesta piscina de água férrea. Venho aqui todos os anos. Vir a São Miguel e não entrar nesta piscina é o mesmo que ir a Roma e não ver o Papa.
- É também o que me acontece quando lá vou.
- Pois fica a perder duas coisas imperdíveis: as festas do Divino Espírito Santo e estas águas férreas que são um regalo.
- Fica para a próxima.
- Daqui a outros trinta anos, não.
- Quinta-feira, dia 10.
- Fazem mal ... Deviam ficar mais uma semana. As Festas do Divino Espírito Santo começam precisamente na quinta-feira. É uma alegria. Nós vimos cá para as festas por esta altura todos os anos. Pagamos uma entrada, este ano ainda não sabemos quanto vai ser, mas podemos comer de tudo e quanto nos apetecer!
- E onde é que vivem?
- Nós vivemos em Toronto, no Canadá, há quase trinta anos; estes meus amigos em Westport River, Rhode Island...
E os senhores, estão a gostar dos Açores?
- Estamos a gostar muito.
- É a primeira vez?
- Estivemos cá há trinta e dois anos. Tinham naquele tempo os nosso filhos a idade que têm agora os nosso netos.
- E do que gostaram mais até agora?
- Da natureza. É uma maravilha.
- Muito melhor que a Madeira, não é? Só não temos casinos ... mas também não fazem cá falta, não senhor.
- Para nós, é uma maravilha incomparável.
- Bom peixe ...
- Óptimo.
- E o que é que já comeram?
- Até agora, garoupa, albacora, peixão, chicharro, no continente chamamos-lhes carapaus ...
- Aqui, o carapau é um goraz pequeno. Depois é peixão, e só depois goraz. Mas o que lhe recomendo é um enxaréu no forno. É uma maravilha.
- Hoje vamos ao cozido nas furnas ...
- Fazem bem. Os restaurantes fazem o cozido em panelas, fica mais suado, eu faço-o num saco, fica mais enxuto, fica melhor. Fique cá mais uns dias e vai lá a casa comer um cozido feito por mim.
- Obrigado mas não vai ser possível.
- Quais foram as maiores diferenças que encontrou passados trinta e tal anos?
- A natureza é a mesma, espectacular, grandiosa demais para ser descrita. O que mais nos surpreendeu foi, no entanto, a rede de estradas e vias rápidas ...
- Uh!Uh! Agora vai-se a toda a parte numa hora onde dantes se gastava um dia.
- E as casas. São raríssimas as casas degradadas, e encantou-nos a variedade de cores com que cada um pinta a sua habitação. Pintam todos os anos?
- Bem, todos os anos, acho que não. Mas com alguma frequência, sim.
- Os portugeses do Continente deveriam aprender com os açoreanos a conservar as casas e a cuidar do ambiente. Nesta altura do ano, São Miguel é um jardim de ponta a ponta. Vêm-se, sobretudo, hortênsias e agapanthus ao longo de quase todas as estradas.
- Mau mesmo só o serviço da SATA. Por causa da SATA é que o turismo não se desenvolve. Quem é que pode pagar as passagens aos preços que estão?
- Protestem.
- Oh senhor, fartamos-nos de protestar e é o mesmo que nada...
Está-se aqui bem, nesta piscina de água férrea. Venho aqui todos os anos. Vir a São Miguel e não entrar nesta piscina é o mesmo que ir a Roma e não ver o Papa.
- É também o que me acontece quando lá vou.
- Pois fica a perder duas coisas imperdíveis: as festas do Divino Espírito Santo e estas águas férreas que são um regalo.
- Fica para a próxima.
- Daqui a outros trinta anos, não.
1 comment:
realmente não se admite que uma classe particular prejudique tanto toda a população pelos interesses privados. Já vinha acontecendo o mesmo com os transportes maritimos, com oabasteciemnto de combustiveis e mantem-se com os t. aereos = uma vergonha.não h´espirito santo que mude isto
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