As Nações Unidas divulgaram ontem o "Human Development Report 2014".
No ranking do índice (a pgs. 160), Portugal é colocado na 41ª. posição. Subiu duas posições relativamente ao HDR 2013. Caiu 28 posições relativamente ao HDR 2002 (dados de 2000). Em 2000, Portugal era antecedido pelos países da Europa Ocidental, Estados Unidos da América, Japão, Nova Zelândia, Hong Kong, Singapura e Coreia do Sul. Ainda em 2000, Portugal situava-se na 26ª posição do ranking do PIB per capita, significando isto que tinha, então, piores posições nos rankings da expectativa de vida e da escolaridade que no índice complexivo (esperança de vida, educação e PIB per capita).
Em 2013 (HDR 2014) situavam-se acima de Portugal todos os países que já se encontravam acima em 2000, tendo sido apanhado pelo Chile (efeitos esperança de vida e educação), Emiratos Árabes Unidos (forte efeito PIB per capita e educação), Eslováquia (efeito PIB pc e educação), Polónia (educação), Lituânia (educação), Arábia Saudita (PIB,educação), Estónia (educação), Qatar (PIB, educação), Brunei (PIB, educação), República Checa (educação), Eslovénia (PIB, educação), e ainda Andorra e Liechtenstein, que não constavam dos rankings do HDR 2002.
O efeito educação favoreceu todos os países que ultrapassaram Portugal. Mesmo que se excluam da análise comparativa os países produtores de petróleo, a conclusão é a mesma.
Ouve-se, com muita frequência dizer que "esta geração de portugueses é a melhor preparada de sempre". A propósito, tenho apontado neste bloco de notas que se trata de uma afimação que olha para o nosso passado e não repara para a evolução observada nos outros países com os quais essa geração melhor preparada tem de competir. Olha para trás, não olha para o lado. Pior ainda: uma larga maioria dessa (mal presumida) geração mais bem reparada de sempre emigrou ou está a preparar as malas.
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