(do nosso em enviado especial ao Oriente, A. Paulista)
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No mês passado tive oportunidade de efectuar novamente uma viagem á Tailândia tendo aproveitado para dar um pulo a Singapura e á Malásia.
Na Tailândia, quando a guia que me acompanhou em Bangkok soube que eu era português imediatamente me falou em Cristiano Ronaldo e em futebol e também no legado que os portugueses terão deixado por aqueles lados em termos de doçaria.
Ao que consegui entender ainda farão por lá algo que se parecerá com os nossos pasteis de nata e o arroz doce.
Em visita que voltei a fazer a Ayuttaya, antiga capital do reino do Sião, também o guia ao saber que eu era português me falou no futebol , mas acrescentou que os conhecedores da historia na Tailândia tinham uma grande admiração pelos portugueses pois o nosso país teria ajudado um rei tailandês nas guerras contra a Birmânia. Devo confessar que senti algum orgulho neste elogio aos meus longínquos antepassados.
Depois em Phuket na rápida visita a uma cidade que pouco tem que ver fui surpreendido quando o guia parou numa rua e disse que estávamos perante uma rua com arquitectura sino-portuguesa . Olhei e de facto há ali traços que nos são familiares. E fui obrigado a pensar….” até aqui…”
Em Singapura não encontrei ninguém que me falasse de algo sobre os portugueses no passado mas inevitavelmente quando sabiam a minha nacionalidade vinha á baila o futebol e o próximo Portugal-Brasil do mundial.
Finalmente em Malaca tive oportunidade de visitar o que resta da fortaleza construída por Afonso de Albuquerque …A Famosa, de seu nome, ver a estatua e primeiro túmulo de São Francisco Xavier bem como outros testemunhos da nossa passagem por ali.
Mas o acontecimento que me causou mais emoção estava para vir.
Ao passear no bairro pobre de pescadores euro asiáticos , oriundos de mistura de portugueses com malaios e outros orientais e também alguns holandeses, o guia que me acompanhava ao ver um homem já muito idoso , curvado a pedalar na sua bicicleta sob um sol impiedoso, falou com ele em malaio ( ao que presumo).
Na Tailândia, quando a guia que me acompanhou em Bangkok soube que eu era português imediatamente me falou em Cristiano Ronaldo e em futebol e também no legado que os portugueses terão deixado por aqueles lados em termos de doçaria.
Ao que consegui entender ainda farão por lá algo que se parecerá com os nossos pasteis de nata e o arroz doce.
Em visita que voltei a fazer a Ayuttaya, antiga capital do reino do Sião, também o guia ao saber que eu era português me falou no futebol , mas acrescentou que os conhecedores da historia na Tailândia tinham uma grande admiração pelos portugueses pois o nosso país teria ajudado um rei tailandês nas guerras contra a Birmânia. Devo confessar que senti algum orgulho neste elogio aos meus longínquos antepassados.
Depois em Phuket na rápida visita a uma cidade que pouco tem que ver fui surpreendido quando o guia parou numa rua e disse que estávamos perante uma rua com arquitectura sino-portuguesa . Olhei e de facto há ali traços que nos são familiares. E fui obrigado a pensar….” até aqui…”
Em Singapura não encontrei ninguém que me falasse de algo sobre os portugueses no passado mas inevitavelmente quando sabiam a minha nacionalidade vinha á baila o futebol e o próximo Portugal-Brasil do mundial.
Finalmente em Malaca tive oportunidade de visitar o que resta da fortaleza construída por Afonso de Albuquerque …A Famosa, de seu nome, ver a estatua e primeiro túmulo de São Francisco Xavier bem como outros testemunhos da nossa passagem por ali.
Mas o acontecimento que me causou mais emoção estava para vir.
Ao passear no bairro pobre de pescadores euro asiáticos , oriundos de mistura de portugueses com malaios e outros orientais e também alguns holandeses, o guia que me acompanhava ao ver um homem já muito idoso , curvado a pedalar na sua bicicleta sob um sol impiedoso, falou com ele em malaio ( ao que presumo).
Pensei que estaria a perguntar alguma indicação sobre o caminho, quando fui surpreendido por um muito claro “ eu entendo português “ proferido pelo idoso.
Consegui durante alguns minutos entender-me com ele o suficiente para saber que ele tinha 86 anos , falava Cristiang que tinha aprendido em casa com a família , que os filhos também falavam Cristiang bem como mais umas 2000 pessoas.
Senti alguma emoção e não resisti em pedir-lhe para tirar algumas fotos com ele, e dei por mim a pensar …"naqueles tempos éramos poucos mas bons” e não precisávamos das vicissitudes da bola que entra ou não entra na baliza para colocarmos o nome de Portugal no mundo.
No regresso com escala em Zurich ao entrar no avião da TAP que me trouxe a Lisboa ouvi mais do que um passageiro, que também teriam vindo dum voo longínquo, perguntar á hospedeira se sabia do resultado dum jogo de futebol que teria ocorrido na véspera em Portugal…
Consegui durante alguns minutos entender-me com ele o suficiente para saber que ele tinha 86 anos , falava Cristiang que tinha aprendido em casa com a família , que os filhos também falavam Cristiang bem como mais umas 2000 pessoas.
Senti alguma emoção e não resisti em pedir-lhe para tirar algumas fotos com ele, e dei por mim a pensar …"naqueles tempos éramos poucos mas bons” e não precisávamos das vicissitudes da bola que entra ou não entra na baliza para colocarmos o nome de Portugal no mundo.
No regresso com escala em Zurich ao entrar no avião da TAP que me trouxe a Lisboa ouvi mais do que um passageiro, que também teriam vindo dum voo longínquo, perguntar á hospedeira se sabia do resultado dum jogo de futebol que teria ocorrido na véspera em Portugal…
4 comments:
Bom dia.
Não acha que está um bocado gordo?
Para quem anda tanto de avião, devia pagar uma taxa suplementar.:-)
Um bom aviso para o meu amigo Paulista.
Não sei o que é que ele vai responder à sua observação, António. Vamos aguardar.
Mas concordo inteiramente consigo e já tenho falado nisso a amigos meus: os preços dos transportes aéreos (passageiros e bagagens)deveriam ser facurados a peso.
Teria certamente efeitos muito salientes nas dietas e na redução dos consumos dos combustíveis.
Muito ecológico, muito saudável, só não percebo porque é que mais ninguém fala nisso.
O pior vai ser a resposta do Paulista ...
Têm toda a razão, só penso que a sobretaxa não deve ser pelo peso mas pelo volume.
Esta excelente reportagem sugeriu-me três considerações.
1-A primeira foi a evocação do filme «O Rei e Eu», que a Manuela, Mãe das minhas filhas, tanto admirava. É um musical de 1956 dirigido por Walter Lang que conta a história, com fundo de verdade, de uma jovem inglesa (no filme Deborah Kerr) que vai para o então Sião ensinar os filhos do Rei (Yul Brynner). Foi um filme de grande sucesso na época, sendo hoje um clássico. Ainda temos em casa os belos ‘nanquim’ que ela fez destas personagens.
2-O segundo apontamento respeita à nota futebolística que a reportagem regista. Há tempos com o Eusébio agora com o Ronaldo o que é preciso é que nos conheçam. E, neste caso, não é por más razões.
3-Impressionou-me a cena com o velhote, pelo que significa de rastos da passagem dos nossos ancestrais por paragens tão distantes e já passados 500 anos. Se calhar, na altura, não éramos tão pessimistas como agora.
E parabéns ao Aníbal e à curva da sua prosperidade, pois que esta lhe permite viajar por sítios tão distantes. Bons passeios.
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