Já se sabia que Václav Klaus, o presidente da República Checa, não morre de amores pela União Europeia, é um economista ferrenho adepto das teorias liberais, esteve recentemente na berlinda ao ameaçar não ratificar o Tratado de Lisboa.
O regime político checo é semi-presidencialista não sendo muito significativas as diferenças dos poderes atribuídos ao presidente da república em Portugal e na República Checa: o presidente checo detem o poder de nomeação dos juízes do Tribunal Constitucional que o presidente português não tem.
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No seu estilo truculento, Václav Klaus não esteve com rodeios para dizer a Cavaco Silva o que pensa acerca do actual momento da União Europeia , do SME, e da situação portuguesa em particular. Para Klaus, os governantes que "admitiram" o desequilíbrio das contas públicas têm de assumir todas as responsabilidades*. Acrescentou que ele, enquanto primeiro-ministro ou ministro das finanças jamais consentiria tal desequilíbrio. E como Presidente da República? Não disse. Indisfarçavelmente, as palavras de Klaus referiam-se à situação portuguesa, que considerou ainda o défice de Portugal excessivo e inadmissível, e sendo ditas perante o PR de Portugal, uma interpretação possível é que Klaus estendia a sua crítica ao seu convidado.
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Também foi notícia, hoje, que "Portugal será o próximo no radar ".
Por este navegar vai ser cada vez mais difícil escapar-lhe.
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Klaus critica défices excessivos e Cavaco sublinha sinais positivos
Václav Klaus não podia ter sido mais assertivo, ao afirmar que os governantes que “admitiram” o desequilíbrio das contas públicas têm de assumir todas as responsabilidades.
Václav Klaus não podia ter sido mais assertivo, ao afirmar que os governantes que “admitiram” o desequilíbrio das contas públicas têm de assumir todas as responsabilidades.
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