Tuesday, April 20, 2010

GUERRA É GUERRA*

Tão certo como três e dois: Não há nenhum Ministro da Educação em Portugal que consiga conduzir aquela máquina sem ficar seriamente lesionado ao fim de alguns meses, para claudicar mais tarde ou mais cedo. A actual titular conseguiu dar alguns passos iniciais porque os deu para trás.
E a razão desta impossibilidade governativa só não a vê quem não quer. Perante um exército organizado de mais de 150 mil combatentes decididos a não abdicar seja do que for, o Ministério não tem mais para enviar para o campo de batalha do que a Ministra ou o Secretário de Estado destacado para a imolação. E o resultado, com mais ou menos reuniões, salda-se sempre por um recuo do Ministério.
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Só há uma saída para este caminho intransitável: Descentralizar.
Não há nenhuma organização que possa ser governada de forma eficiente directamente de um vértice para uma base tão alargada em regime democrático. O Ministério tem de resumir as suas funções à coordenação do sistema e delegar a gestão do pessoal docente e administrativo em órgãos intermédios (grupos escolares) atribuindo-lhe meios financeiros correlacionados com objectivos e resultados.
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O actual sistema é absurdo: Colocar uma equipa do Ministério a discutir com os representantes de centena e meia de milhar de professores as suas condições laborais será sempre um exercício impossível a menos que o Ministério concorde com as exigências dos Sindicatos.
Mesmo quando o País atravessa uma crise de credibilidade financeira externa que ameaça levá-lo à falência, isto é, à impossibilidade de honrar os seus compromissos, entre os quais o pagamento do salários aos professores. Mesmo quando estas declarações de guerra agravam a credibilidade e agravam os juros da imparável dívida pública, sem que, aparentemente, os professores se apercebam disso.
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*Se o Governo quer guerra, é guerra que vai ter", avisa a Fenprof
O secretário de Estado Alexandre Ventura reafirmou que o ministério nunca disse que a avaliação não seria tido em conta nos concursos.

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