Hoje foram divulgados múltiplo sinais de recuperação da economia mundial mas nenhuma relevância lhes foi dada mesmo nos media mundialmente mais destacados. O Financial Times, por exemplo, dá mais destaque à crise na GM (GM and Magna near deal on Opel), às retribuições dos executivos na Alemanha (Germany gets tough on executive pay ); a GM é também tema prime no Wall Street Journal (GM Deal Improves Opel's Chances); o Economist, dedica a capa ao crescimento do perímetro do governo federal dos EUA e aborda os sintomas de recuperação da economia mundial para recomendar que não se lancem desde já foguetes de excitação (Drowning, not waving? Don't get too excited about some recent brighter economic news).
Por cá, o assunto não foi abordado nos nossos longos telejornais, mais ocupados, por exemplo, com as palmadas que a mãe russa deu à filha retirada à família portuguesa adoptiva. O Jornal de Negócios noticia, sem destaque, "matérias-primas e optimismo em relação à economia animam bolsas dos EUA"; O Diário Económico diz mais ou menos o mesmo.
Sabe-se que os ciclos económicos são como os papagaios de papel: antes de levantarem de vez, têm arranques abortados. Mas esta propensão para privilegiar o lado negativo da realidade e desvalorizar os sinais de retoma não ajuda a colocar a economia global nos eixos, por se desanimarem os "Animal Spirits". Psicologia versus economia ou psicologia versus psicologia?
3 comments:
Continuo pessimista.
Não acredito em nada disso.
"Matérias primas", são petroleo.
Tudo o resto continua em baixo, nada anda. Não se criam novos empregos, novas industrias. E as que se criarem vão ter mais robots que pessoas.
Todos os dias, mas todos, se sabe de mais falências, mais despedimentos.Isso é esperança?
Isso são bons sinais?
O facto de os bancos estarem a ganhar cada vez mais à custa do esbulhar, de manter juros altos e de serem beneficiados com fundos publicos que deviam ser utilizados para outros fins, não quer dizer que a economia esteja a recuperar.
A unica que está a recuperar, é essa.
A Industria e o Comércio estão de rastos.
A banca não.
E essa não é a economia que interessa.
"E essa não é a economia que interessa."
Concordo.
Mas então qual é?
O que é que devemos fazer para desenvolver a economia real?
"O que é que devemos fazer para desenvolver a economia real?"
Fazer o que você vai fazer.
Sair, gastar o que é seu e não do banco.
Não ao crédito aos preços a que está.
O único interesse dos bancos pelo crédito é a usura através dos juros, das taxas, das sobretaxas, e que mais lhes é permitido cobrar. Porque não pagam os bancos impostos iguais às outras empresas?
Quando rebentarem com o resto, será tarde para lhes puxar as orelhas.
Já não haverá conserto, tudo estará nas mãos deles.
Mas talvez as vidas deles estejam nas mãos de outros.
De vez em quando acontece.
Divirta-se, descanse e regresse bem.
Post a Comment