Saturday, December 07, 2013

QUEM PODE SER PAPA DE UM VATICANO DESTES?

Jorge Mario Bergoglio é, seguramente, um homem muito bem intencionado. Eleito Papa Francisco, a sua candura tem cativado generalizada admiração que parece, até agora, coexistir bem com um carácter determinado a reformar a Igreja inflectindo-lhe o trajecto para a prossecução dos valores primordiais, de que se desviou frequentemente ao longo dos séculos. Mas a tarefa é titânica mesmo para quem esteja animado por uma força divina.
 
A sua primeira exortação apostólica, um documento extenso revelado há uns dias atrás, - vd. versão integral aqui -  do qual os media destacaram o capítulo "Economia e distribuição das entradas", deixou, certamente, muita gente meio encabulada ou divertida, à espera que a onda passe, o papa resigne ou a lei da vida ponha termo às suas intenções.
 
O Financial Times publica hoje aqui  um extenso artigo, resultante de investigações de jornalistas seus durante onze meses, sobre actividades criminosas, fraudulentas ou aparentadas, cometidas no Banco do Vaticano por gente graúda da hierarquia eclesiástica. Para harmonizar as actividades do Banco do Vaticano (oficialmente IOR - Instituto para Obras de Religião)  com a verdadeira missão da Igreja, o Papa Francisco nomeou, logo no início do seu pontiticado, uma comissão contituida por quatro prelados e um leigo especialista em direito.
 
Não é grande promessa. A nomeação de uma comissão é sempre uma boa partida para não sair do sítio, tanto mais quanto o objecto a deslocar tem o peso da Banco do Vaticano e seus obreiros.
 
 
 
 

No comments: