O ministro Pires de Lima declarou hoje em Londres que o Governo quer começar a negociar um programa cautelar no início de 2014 com a Comissão Europeia (aqui). Nada de novo nas declarações do ministro da Economia: a menos de um ano do termo da intervenção da troica, o Governo tem de negociar a continuidade de uma rede (chame-se ela programa cautelar ou segundo resgate) que evite que Portugal se estatele nos mercados financeiros uma vez esgotado o apoio do resgate em curso.
Ouvindo aquelas declarações de Pires de Lima, o secretário-geral do PS saltou-lhe logo em cima (aqui) e exigiu imediatamente que o primeiro-ministro venha a público "urgentemente" esclarecer se Portugal vai ou não ter um segundo programa de assistência financeira. Tem razão. O anterior governo, PS, foi o primeiro subscritor do memorando de entendimento com a troica, e é improvável que um segundo resgate ou um programa cautelar possa ser assinado sem a vinculação do maior partido da oposição e de alternativa ao actual governo.
Assim sendo, percebe-se mal que Pires de Lima tenha dito o óbvio sem que, antecipadamente, o Governo tenha convocado o PS para participar na preparação de uma negociação que, obviamente, terá de ser parte. O secretário-geral do PS recusaria participar numa diligência que contraria os seus apregoados princípios de uma política diferente, invocando os mesmos argumentos que o levaram a recusar a proposta de um acordo de salvação nacional do PR, isto é, não há qualquer acordo possível antes de eleições antecipadas? Ficava o ónus político junto da opinião pública dessa recusa do lado do PS.
Até ao dia em que a situação de emergência que, inevitavelmente, ocorrerá antes do próximo Verão, se não for antes, obrigará o PS a assinar o que recusou discutir.
2 comments:
o holandinho não acerta uma, é uma nabo na comunicação, faz birras inenarraveis,usa mal os canais abertos pelo PS na simpatia dos media e web e no entanto só dá uma imagem deploravel e pouca confiança~uma tristeza imaginar ete holandinho a governar mesmo com 11 assistnbtes como o Coelhinho já tem.
O holandinho, o merkequelinho, e mais uns quantos inhos a que estamos entregues, e a quem falta estatura política suficiente para perceberem que a difícil situação do país exige uma concertação alargada que dê a máxima capacidade negocial possível nas discussões que, inevitavelmente, terão de ser feitas com a Dona Merkel e os seus anões.
E que, não devendo cair na discussão na rua, deveria ser encarada como um desígnio patriótico daqueles que, sem outras alternativas, tivemos de escolher.
Lamentavelmente, no meio da desorientação geral, continuamos a assistir ao combate partidário
sem outro sentido que não seja a defesa dos interesses de cada um dos contendores.
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